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Tecnologia de comunicação em missão crítica na segurança pública

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Executivo de Cibersegurança da Motorola Solutions, Cristiano Breder conversou com o Futurecom sobre como as inovações estão auxiliando a segurança pública. Confira!

Conforme as novas soluções tecnológicas avançam, também progridem os tipos de crimes praticados nesta nova configuração. Pensando nesses desafios, diversas empresas e profissionais de tecnologias têm investido esforços para oferecer dispositivos e serviços que permitam o combate ao crime com mais eficácia.

A comunicação é uma importante aliada neste cenário, já que com os novos aparatos de telecomunicações possibilitados por inovações como o 5G, a Inteligência Artificial e o Machine Learning, entre outros, é possível oferecer aos aparatos de segurança pública mais ferramentas para o combate ao crime.

Executivo de Cibersegurança para América Latina e Caribe da Motorola Solutions, Cristiano Breder conversou com o Futurecom Digital sobre o uso da tecnologia de comunicação em missão crítica para a segurança pública.

Veja a entrevista completa sobre o tema a seguir!

O que é a tecnologia de comunicação em missão crítica e qual seu papel na segurança pública?

Cristiano Breder: “A tecnologia de comunicação para operações de missão crítica refere-se aos sistemas de comunicação utilizados por agências e organizações que têm um papel fundamental na segurança pública e do qual dependem as vidas das pessoas, como serviços de emergência, forças armadas, polícia, bombeiros e serviços de saúde. 

Por isso, a Motorola Solutions projeta seus sistemas para fornecer comunicação confiável, segura e resiliente, mesmo em situações ou ambientes desafiadores, como resposta a desastres naturais e mudanças climáticas.

O principal objetivo dessa tecnologia é permitir a troca eficiente de informações e coordenação entre as equipes de resposta a emergências, garantindo uma tomada de decisão rápida e precisa. 

Nossos sistemas são projetados com base em recursos e dispositivos robustos, como alta disponibilidade, redundância, criptografia, priorização de tráfego e qualidade de serviço garantida.”

Quais são alguns exemplos práticos de tecnologias de comunicação em missão crítica usados em agências de segurança brasileiras?

Cristiano Breder: “Na segurança pública, a comunicação tem um papel vital. Ela permite que as agências coordenem operações conjuntas, respondam a incidentes de forma eficaz e se comuniquem de maneira segura em tempo real. 

Esses sistemas podem ser completamente integrados combinando recursos de voz, dados, vídeo e software, inclusive com Inteligência Artificial, para que os operadores do centro de comando recebam informações críticas, como localização de incidentes, reconhecimento de placas de veículos suspeitos, atualizações de situação em tempo real e outras informações que possam melhorar a capacidade de responder a emergências de maneira coordenada e eficiente.

Ainda em segurança pública, é possível que as tecnologias também estejam integradas em viaturas policiais ou em um centro móvel de comando e controle, como é o caso do Motorola Cop – uma van capaz de integrar todo o portfólio para missão crítica da Motorola Solutions, inclusive drones, e pode ser posicionado onde for necessário.

A tecnologia integrada de comunicação para missão crítica fornece às agências e organizações as ferramentas necessárias para uma comunicação confiável e segura durante operações de emergência. 

Ela desempenha um papel crucial na tomada de decisões efetivas, coordenação de esforços e resposta rápida, contribuindo para a proteção e segurança da população em geral.”

Como a tecnologia de comunicação pode melhorar a tomada de decisões em emergências em tempo real?

Cristiano Breder: “A tecnologia de comunicação em missão crítica pode integrar diferentes tipos de comunicação, como voz, dados e vídeo, em uma única plataforma, permitindo uma colaboração mais abrangente entre as equipes envolvidas. 

Isso ajuda a melhorar a interoperabilidade entre agências e a compartilhar informações importantes em tempo real, facilitando a resposta coordenada a eventos críticos.”

Quais as principais medidas de cibersegurança para prevenir ataques cibernéticos e quais são os benefícios de incorporá-los aos planos de segurança pública?

Cristiano Breder: “A Inteligência Artificial é utilizada para prevenir ataques cibernéticos e oferece vários benefícios ao incorporá-la nos planos de segurança pública. 

Por exemplo, melhorar a tomada de decisões para fornecer informações com base em grande volume de dados. Isso ajuda os especialistas de segurança a tomar decisões mais rápidas ao analisar grandes volumes de dados em tempo real, identificando e detectando anomalias e prevendo possíveis ameaças.

Por outro lado, a automação inteligente agiliza os fluxos de trabalho e permite uma resposta mais rápida e eficiente às ameaças. Dessa maneira, facilita as respostas habituais a incidentes de segurança, liberando os especialistas em segurança de tarefas repetitivas e permitindo que eles se concentrem em tarefas mais complexas e estratégicas.

Assim, a IA ajuda a reduzir o tempo que os especialistas de segurança dedicam a separar os falsos positivos das ameaças reais. Ao analisar padrões e comportamentos, pode-se identificar de maneira mais precisa as ameaças genuínas, o que economiza tempo e recursos. 

Por outro lado, a capacidade de resposta rápida é crucial em um ambiente de ciberataques em constante evolução. A automação inteligente fornecida pela IA permite uma resposta ágil aos incidentes de segurança, minimizando o impacto dos ataques e reduzindo o tempo de inatividade.

Em um mundo de ciberataques em constante evolução e superfícies de ataque cada vez maiores, uma plataforma de segurança gerenciada é crucial para manter uma postura de cibersegurança sólida.”

Como e em que medida se está aplicando esta tecnologia na América Latina?

Cristiano Breder: “A aplicação desta tecnologia na América Latina se está levando a cabo de diversas formas e em diferentes medidas. A crescente ameaça do cibercrime em nível global gerou uma maior consciência sobre a importância de fortalecer os recursos de cibersegurança na região. 

Segundo os resultados do último relatório do panorama global de ameaças do FortiGuard Labs, observou-se um aumento significativo no número de tentativas de ataques cibernéticos durante o ano de 2022. Por outro lado, estima-se que para 2025, o cibercrime a nível global custará $ 26 milhões de dólares anuais, o que fará com que seja imprescindível a melhor segurança da cibersegurança.

No entanto, um dos desafios que enfrentam a adoção de novas tecnologias para este campo na América Latina é a falta de profissionais especializados. A falta de especialistas em cibersegurança tem limitado a implementação de soluções mais avançadas. 

Porém, a IA oferece uma solução promissora para este problema ao permitir a automatização de tarefas, como a detecção e mitigação de incidentes, reduzindo assim a dependência de recursos humanos altamente especializados.

A plataforma ActiveEye da Motorola Solutions, por exemplo, utiliza ferramentas de IA e inteligência de ameaças para proteger seus clientes em toda a região. Se detectar uma ameaça no ambiente de um cliente, o time do SOC (Centro de Operações de Segurança) pode aplicar as mesmas medidas de resposta em todos os demais clientes, o que permite uma identificação e abordagem imediata da ameaça.

À medida que as infraestruturas nacionais críticas se tornam mais vulneráveis aos ciberataques, a proteção se torna fundamental tanto para as organizações quanto para as forças de segurança pública. A capacidade de atribuir ações no ciberespaço também é essencial para evitar a impunidade neste âmbito. Nesse sentido, a inteligência artificial desempenha um papel crucial para permitir a prevenção proativa de ameaças e a rápida identificação e resposta a incidentes de segurança.

Embora a América Latina enfrente desafios em termos de escassez de profissionais especializados, a adoção de tecnologias de inteligência artificial em cibersegurança está aumentando. Soluções como ActiveEye da Motorola Solutions oferecem recursos avançados de detecção e resposta a riscos cibernéticos, com enfoque na prevenção e proteção de infra-estruturas críticas na região.”

Com o avanço das cidades inteligentes, quais as principais tendências de comunicação na segurança pública?

Cristiano Breder: “Com o avanço das cidades inteligentes, a segurança pública tem se beneficiado de diversas tendências de comunicação que permitem uma resposta mais eficiente e eficaz aos desafios enfrentados pelas autoridades e órgãos responsáveis pela segurança. Algumas das principais tendências são:

  • Interoperabilidade: Os projetos de cidades inteligentes estão incluindo redes de comunicação integradas que conectam diferentes agências de segurança, como polícia, bombeiros, serviços de emergência e outras entidades relacionadas.

Essas redes permitem uma comunicação rápida e eficiente entre os diferentes órgãos, facilitando a coordenação de esforços em emergências.

  • Comunicação móvel e em tempo real: tecnologias embarcadas em viaturas com integração de recursos de dados, voz e vídeo já são realidade. 

Isso permite que os policiais e outros agentes estejam conectados e recebam informações atualizadas sobre incidentes, localização de colegas de equipe e outras informações relevantes, melhorando a capacidade de resposta e a tomada de decisões.

  • Sensores e dispositivos conectados: A Internet das Coisas (IoT) tem um papel fundamental nas cidades inteligentes e na segurança pública. Sensores e dispositivos conectados podem coletar informações em tempo real sobre diversos aspectos, geolocalização, identificação de placas de veículos procurados, tráfego, clima, níveis de poluição e atividades suspeitas. 

Esses dados são transmitidos para as autoridades de segurança, permitindo uma resposta rápida a incidentes e uma análise mais precisa do ambiente urbano.

  • Análise de dados e inteligência artificial: Com o grande volume de dados disponíveis nas cidades inteligentes, a análise desses dados e a inteligência artificial se tornaram o maior grau de evolução tecnológica para a segurança pública. 

Algoritmos avançados são capazes de analisar dados em tempo real, identificar padrões, detectar comportamentos suspeitos e prever possíveis ameaças. Isso auxilia na tomada de decisões com base em informações mais concretas e na alocação eficiente de recursos.

É importante ressaltar que tudo isso deve ser implementado de forma ética, levando em consideração questões de privacidade e de cibersegurança, de acordo com as regulamentações de cada região – LGPD, no caso do Brasil.”

Continue por dentro do assunto! Leia também nosso material sobre segurança e privacidade digital: as novas mudanças e desafios do setor!

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