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Como a manufatura pode prosperar em um mundo digital?

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Saiba como a tecnologia influencia os processos de manufatura e de que forma adaptar os processos ao mundo digital.

O desenvolvimento econômico de um país tem na manufatura a maior alavanca para geração de riquezas. Afinal, há manufatura por todos os lados: desde a produção de alimentos aos utensílios, na fabricação de computadores, na montagem e manutenção de servidores, nas centrais de comunicação e fibras óticas. 

Tudo que envolve tecnologia ‒ entre muitas outras coisas ‒ é manufaturado antes mesmo de ser instalado e colocar o serviços à disposição dos usuários, apoiando a humanidade neste novo salto tecnológico.

Por isso, para estar efetivamente inserida no mundo digital, a manufatura deve se adaptar às novas demandas do consumidor, que busca um nível maior de personalização dos produtos, o que implica na diminuição dos lotes de fabricação, e também na maior diversidade de matérias primas e de componentes.

Além disso, outros pontos são fundamentais para que os processos de manufatura se adequem ao universo tecnológico e personificados que temos hoje:

  • montagem de produtos com uso de componentes facilmente desmontáveis, que permitem reciclagem e reaproveitamento;
  • redução de custos e, consequentemente, de preços ao consumidor final;
  • maior produtividade e menor espaço de tempo;
  • ingresso de uma nova força de trabalho, mais adaptada à robotização de tarefas repetitivas e com novas exigências de aprendizados.

Para Antonio Carlos Brito, Senior Principal, Digital & Value Engineering Latam na Infor, os avanços digitais capacitam as manufaturas a lidar com o novo grau de complexidade e de instabilidade embutidos nas novas tendências da demanda. 

“Além da necessidade óbvia da análise dos dados, a manufatura precisa da digitalização para automatizar os processos repetitivos, gerenciar estoques e ritmos de produção, antever interrupções nas cadeias de logística, fazer o rastreamento das mercadorias em trânsito e absorver os impactos de devoluções”, afirma. 

De acordo com Brito, no contexto tecnológico que estamos vivenciando, alguns aspectos como manutenção preditiva e preventiva só conseguem ser gerenciados dentro das manufaturas com a utilização de plataformas digitais, de sensoriamento e atuação remotas baseadas em Internet das Coisas (IoT).

No entanto, mesmo que a automação em manufatura seja uma tendência irreversível, a busca contínua por produtividade e qualidade ainda precisa ser orquestrada por pessoas. Conforme aponta Luiz Malere, especialista de Cloud & XaaS do SAS, são elas que possuem uma visão holística dos resultados esperados. 

“A montagem de linhas de produção, o planejamento e o controle da produção, a implantação de software de chão de fábrica MES (Manufacturing Execution Systems), o monitoramento da qualidade, o uso de analytics para geração de insights, entre outras tarefas, ainda precisam de envolvimento humano”, enfatiza Malere. 

Manufatura e mundo digital: como a tecnologia pode ajudar nessa relação?

A tecnologia já está muito presente nas linhas de produção. Com o uso de tecnologia analítica é possível prever quebras, recomendar paradas preventivas para manutenção de máquinas, identificar gargalos e, assim, melhorar a qualidade do produto final. 

A utilização de sensores baseados em IoT para coleta de dados possibilita o acesso em tempo real a um volume de dados e informações extremamente alto, que serve para melhorar as análises, possibilitando uma tomada de decisão mais assertiva. 

Nesse sentido, a busca pela redução de custos e pelo aumento da produtividade também pode ser vista, tanto como motivador para a adoção da tecnologia, quanto uma consequência dela. 

Uma vez que é mais barato identificar problemas de qualidade previamente do que realizar um recall de equipamentos, o uso de soluções digitais torna-se amplamente necessário para otimizar os processos de manufatura, sobretudo em escala industrial.

“A tecnologia vem para melhorar a qualidade, diminuir custos de operação, reduzir riscos desnecessários para os operadores e incrementar potenciais valores por ampliação de ofertas de novos produtos. Além disso, a prototipação rápida já é uma realidade com impressoras 3D. E uma vez que tenham mais produtividade, conseguirão produzir pequenos lotes demandados por nichos de clientes”, ressalta Antonio Brito.

A aplicação de algoritmos de Machine Learning e Inteligência Artificial (IA) também ajuda a modelar o grande número de variáveis e obter insights preditivos. Isso significa que colocar robôs em linhas de produção não é suficiente. 

Antes, é preciso instrumentar a linha de produção para gerar dados, aumentar a tomada automatizada de decisões e apoiar o processo de melhoria contínua com base em analytics.

Como exemplos de tecnologias que servem como inputs para a manufatura no mundo digital, Malere cita o sensoriamento através de dispositivos IoT, com análise de variáveis termofísicas (calor, temperatura), de ruídos e sons, e o reconhecimento de imagens.

“Quem souber conectar diferentes tecnologias terá uma vantagem competitiva sobre os concorrentes”, prevê Brito.

Futuro da manufatura: o que pensam os profissionais do setor

A interface entre diferentes equipes para fornecer dados e análises é algo muito presente atualmente na manufatura. Luiz Malere vê os profissionais de manufatura muito atentos e envolvidos em processos de transformação digital. 

“Além da montagem de produtos, a manufatura entrega dados que devem ser retroalimentados para o departamento de pesquisa e desenvolvimento (P&D). As equipes de P&D, por sua vez, são responsáveis pela implementação de melhorias e correções, que resultam em produtos entregues com mais qualidade, menor prazo e custo reduzido”. 

O futuro já chegou e o ritmo da evolução é rápido, mas é fato que nem todos conseguem se atualizar na velocidade necessária. Portanto, existe uma demanda de exigências para o profissional da Indústria 4.0 e para todos os que trabalham com processos de manufatura no mundo digital. 

“É preciso que a nova mão de obra possua raciocínio lógico e capacidade de resolução de problemas sistêmicos. Operar os equipamentos pode exigir o aprendizado de idiomas para uma constante atualização. Há mais interação entre a tecnologia de operações e a tecnologia de informação, combinando em uma única tecnologia no futuro”, acredita o Senior da Infor.

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