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5 novas tecnologias que prometem mudar o agro

Article-5 novas tecnologias que prometem mudar o agro

Tecnologias no agro.jpg
A agricultura, uma das profissões mais antigas do mundo, está cada vez mais na inserida na tecnologia - e você já percebeu isso.

Quem não falou com o pessoal de campo pelo WhatsApp? Ou já tentou plantar com piloto automático? E vem muito mais por aí. Reunimos aqui as novas tecnologias que prometem entrar no dia a dia do campo e mudar o setor de agronegócio. Confira!

1. Robôs para a colheita

Os robôs parecem prontos para resolver alguns problemas enfrentados hoje pela agricultura. A escassez global de mão de obra na agricultura, especialmente em colheitas manuais, é um deles. Robôs que escolhem e recolhem frutas e legumes já estão sendo desenvolvidos para cultivos de morangos no Reino Unido e na Espanha. Nos Estados Unidos, já podemos ver essas máquinas trabalhando em campos de legumes e maçãs.

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(Fonte: TechGenez)

2. Detecção de problemas do campo com tecnologia da NASA

Já pensou em ter pequenos robôs para identificar problemas da lavoura? Eles ainda prometem percorrer uma variedade de solos, inclusive os terrenos mais difíceis. Pois saiba que já existe teste em campo com esses equipamentos: o robô Terra Sentia da Earth Sense é aproximadamente do mesmo tamanho que um cortador de grama robótico, mas envolvido com o aprendizado de máquina e a programação visual dos robôs da NASA. O equipamento foi desenvolvido na Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, com  apoio do Departamento de Energia dos EUA. Ele usa a detecção e alcance de luz, tecnologia para coletar dados de sub-superfície de difícil acesso. É uma versão mais simples da tecnologia que a NASA usa para estudar a superfície da lua e de Marte e que veículos operados remotamente em alto mar usam para compreender melhor o fundo do oceano.

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(Fonte: Earth Sense)

Combinado com outros sistemas de tecnologia de bordo, o Terra Sentia promete coletar dados sobre características de saúde das plantas, fisiologia e resposta ao estresse. Seus criadores esperam em breve programar o equipamento para medir a saúde de plantas jovens, altura de espigas de milho, vagens de soja, biomassa vegetal, além de detectar e identificar doenças e estresses abióticos. 

3. Tratores autônomos

Você já deve ter ouvido falar disso, mas realmente os tratores autônomos chegarão para ficar de vez no campo. Em 2017, a Case já apresentou seu trator autônomo e sem cabine aqui no Brasil. Ele é operado a distância através de um tablet e conta com motor de 380 cv de potência, além de câmbio CVT.

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(Fonte: Case)

O trator também tem outras tecnologias embarcadas como telemetria, sensores, radar e câmeras, aplicativo de controle remoto e sistemas de comunicação com outras máquinas e implementos. De acordo com um relatório da Cisco, o tamanho do mercado global de tratores autônomos deve atingir US$ 4.389,8 milhões em 2025. Há dúvidas ainda sobre os tratores que precisam fazer operações mais pesadas. Para arar o solo, por exemplo, uma máquina precisa ser bastante poderosa e se mover rapidamente, o que nem sempre um veículo autônomo leve consegue. 

4. Ferramentas digitais 

Quando falamos em ferramentas digitais como tecnologia no campo, não é sobre um computador e celular, mas sim softwares (aplicativos) que existem neles. Mais do que ter um computador com programas de texto e acesso à internet, essas ferramentas são instrumentos específicos que dão maior agilidade, facilidade e segurança. As ferramentas digitais já estão entrando na rotina da lida das fazendas, como o WhatsApp que comentamos no início do texto. Elas também aparecem na pesquisa acadêmica, melhorando e otimizando processos, especialmente na área de genética.

Uma parte da tecnologia não é a resposta - trata-se de uma abordagem conjunta, e as ferramentas digitais estão aí exatamente para isso: integrar as tecnologias e fazer com que elas sejam utilizadas da melhor maneira possível. Elas trazem soluções novas para problemas antigos e comuns do campo. Utilizando o exemplo do WhatsApp de novo, o aplicativo resolveu (pelo menos em partes) a comunicação a distância na fazenda. Em um futuro próximo, essas tecnologias vão convergir e farão com que os agricultores utilizem várias fontes de informações e análises de dados de ponta para cultivar, monitorar, colher e avaliar seus resultados.

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(Fonte: Aegro)

Quem deseja elevar os ganhos pode contar com o apoio de ferramentas digitais. E, ao contrário do que você pode imaginar, essa inovação pesa pouco ou mesmo nada no bolso. Você pode ver nesta matéria diversos aplicativos para o agro gratuitos.

5. Blockchain

Blockchain é uma tecnologia de armazenamento de informações, permitindo que todos os membros registrem transações em um registro de dados digitalizado e descentralizado, mantido em uma rede computadores. Ela permite transações ponto a ponto de moeda, mercadorias, produtos agrícolas ou qualquer outra coisa de valor, de forma transparente. Assim, a agricultura pode tirar muito proveito dessa tecnologia. De acordo com o ReportLinker, a blockchain nas cadeias de suprimento de alimentos e agricultura é estimado em US$ 60,8 milhões em 2018 e deve chegar a US$ 429,7 milhões até 2023. O Ministério Holandês da Agricultura financiou o primeiro projeto de pesquisa, “Blockchain for Agrifood ”, que foi proposto para explorar implicações de blockchain para o agroalimentar. Estudos-piloto indicam que a tecnologia blockchain permite rastrear os alimentos da fazenda ao supermercado em apenas alguns segundos.

Assim, a blockchain vai fornecer um inventário contínuo mais preciso de suprimentos de alimentos, especialmente à medida que a tecnologia amadurece em parceria com dispositivos de IoT (internet das coisas) e algoritmos de inteligência artificial.  A Organização para Agricultura e Alimentação dos Estados Unidos estima que cerca de um terço dos alimentos produzidos para consumo humano é desperdiçado e um sistema abrangente e preciso de rastreamento como esse pode reduzir significativamente o problema.  Além disso, ela também ajudará a reduzir os casos de produções ilegais, fraude e transparência financeira.

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(Fonte: 101 Blockchains)

De robôs até a blockchain, as tecnologias vieram para ficar e realmente podem mudar a forma com que produzimos alimentos. E, o melhor, mudar para uma produção mais rentável e eficiente. Não importa o tamanho da sua propriedade, algumas tecnologias já podem ser implementadas, especialmente aquelas com baixo custo ou gratuitas. O importante mesmo é analisar o seu tipo de negócio e entender o que faz mais sentido para este momento do seu negócio rural!

* MSc. Eng. Agrônoma Maiara Maria Franzoni - Lavoura10

*Conteúdo criado pela equipe da Agrishow, clique aqui para acessar o artigo original.

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