Futurecom faz parte da divisão Informa Markets da Informa PLC

Este site é operado por uma empresa ou empresas de propriedade da Informa PLC e todos os direitos autorais residem com eles. A sede da Informa PLC é 5 Howick Place, Londres SW1P 1WG. Registrado na Inglaterra e no País de Gales. Número 8860726.

30% mais produtividade com plantio em estufa com alta tecnologia

Article-30% mais produtividade com plantio em estufa com alta tecnologia

30 mais produtividade com plantio em estufa com alta tecnologia.jpg
Produtores de hortifrúti dão salto produtivo adotando métodos protegidos para cultivar as variedades de hortifrúti.

Produzir mais e melhor com qualidade, com menor incidência de pragas e doenças e garantindo um crescimento equilibrado para as plantas é um dos maiores desafios da produção de alimentos na agricultura. O cultivo protegido, popularmente conhecido como “estufas” oferece essa melhora.

O plantio em estufa eleva em até 30% a produtividade em comparação com cultivo tradicional, em áreas abertas. Os motivos são diversos: maior controle do microclima, menor incidência de pragas e plantas daninhas, solos muito mais saudáveis e manejo facilitado.

Para iniciar o cultivo de tomates na região de Bauru (SP), a engenheira agrônoma Aline Retz montou uma estufa integrada, modelo dente de serra, com 12 mil metros para abrigar a produção de tomates das variedades Italiano, Grape e Coquetel.

"Esse sistema evita a infestação de pragas e garante que a gente tome decisões mais rápidas quando algum erro acontece. Essa estrutura toda foi pensada com o objetivo de garantir o maior equilíbrio às plantas, resultando em uma produtividade alta, com tomates que se diferenciam dos demais nos supermercados", relata a produtora.

Diferente do plantio convencional, feito diretamente no solo, a produção de Aline é feita em vasos, dispostos em calhas que evitam o contato com o solo. A estufa conta com tecnologias que facilitam a climatização, com janelas automáticas que se movimentam de acordo com a intensidade do vento, telas que cortam a radiação solar e um sistema de irrigação.

No total, a estufa possui 12 mil vasos, que geram uma média de 3 mil quilos de tomate por semana. Em parceria com a Coopercitrus, Aline enxerga grande potencial para o cultivo protegido, planejando ampliar a área das estufas e, por consequência, aumentar ainda mais a produtividade, com qualidade e reconhecimento.

Já o administrador hospitalar Paulo Câmara apostou na diversificação de culturas no Sítio São José, em Itaju (SP), ao cultivar pimentão em estufas de metal e tela. "O pimentão em área protegida vem com uma qualidade bem superior, demanda menos insumos e, com isso, temos uma produção com um padrão superior", afirma Paulo, que conta com o suporte do sócio, Acácio Leocádio da Silva, para administrar a área.

No total, são cinco estufas de ferro, com 18 mil vasos de plantas. Destes, 2.500 vasos - uma estufa completa - é dedicada ao plantio da pimenta Sweet Palermo, uma variação do pimentão tradicional, com maior concentração de brix e, por isso, mais adocicado.

"Produzir em estufa é produzir mais, em menos espaço, chegamos à colher 10 mil caixas dos pimentões vermelho e amarelo", afirma Câmara.

Há oito anos, os sócios Daniel Vicentin e José Paulo Martins decidiram transformar a horta que tocavam, na região de Itápolis (SP), e investiram na construção de estufas para a produção de pimentões vermelhos e amarelos. "O primeiro ano foi bom, o segundo também. Percebemos que a produtividade era boa e decidimos continuar", relata Vicentin.

Diferente da Aline e do Paulo Câmara, as estufas são de madeira, com 3 arcos cada, e as plantas são cultivadas direto no solo. O manejo leva matéria orgânica, fertirrigação por gotejamento e, para proteger o solo, é feita a forragem com milheto. Paulo calcula que cada planta produz uma caixa de pimentão por safra, aproximadamente 30% a mais do que a produção convencional.

Essas três experiências demonstram que, na produção de hortifrúti, não existe receita pronta. Independentemente do método utilizado e do nível de tecnificação, uma coisa é certa: um manejo cuidadoso, a administração balanceada de defensivos e fertilizantes e um apoio especializado fazem a diferença no cultivo protegido.

Conteúdo criado pela equipe da Agrishow, clique aqui para acessar o artigo original.

Ocultar comentários
account-default-image

Comments

  • Allowed HTML tags: <em> <strong> <blockquote> <br> <p>

Plain text

  • No HTML tags allowed.
  • Web page addresses and e-mail addresses turn into links automatically.
  • Lines and paragraphs break automatically.
Publicar