Mais de 17 milhões de brasileiros fizeram pelo menos uma compra on-line no primeiro semestre de 2015. Comparado ao mesmo período de 2014, o e-commerce nacional registrou aumento de 16% entre janeiro de junho do ano passado. Isso representa um faturamento de R$ 18,6 bilhões e confirma a tendência de crescimento do comércio eletrônico no País. Parte dessa ampliação é resultado do aumento de 13% no tíquete médio. As informações são do relatório Webshoppers 2015 da empresa de certificação de consumidores E-bit (ligada ao Buscapé).
Outros números interessantes da pesquisa são que 72% dos entrevistados afirmaram usar o smartphone diversas vezes ao dia para acessar a Internet. O aparelho foi usado em 10% das compras (contra 89,9% da utilização de computadores e notebooks). Além disso, embora a região Sudeste lidere as compras on-line, com 64,5%, Sul e Nordeste brasileiro aumentaram participações, 13,7% e 12,9% respectivamente contra 12,1% e 11,9% de 2014.
E a tendência é de que esses números cheguem perto dos 80% de compras on-line, realizados tanto na Inglaterra, quanto nos Estados Unidos, nos próximos cinco anos. Tempo que o Brasil leva para reproduzir o que acontece no e-commerce no hemisfério norte, explica o CEO e sócio do e-commerce.org.br, Marcio Eugênio. “Logo, quem não estiver na internet, vai perder venda. ”
A previsão de aumento de vendas também é percebida pelo sócio fundador da BetaLabs, Luan Gabellini. Basicamente, como resultado do acesso à Internet cada vez mais fácil e do consumidor buscando mais conveniência. O gerente de marketing da Tray, Eduardo Gimenes, ainda atribui as boas perspectivas ao uso de ferramentas multicanais seja pelo varejo integrando on e off line, ou pelos consumidores utilizando smartphone e tablets para pesquisar e comparar preços e comprar.
Por outro lado, de acordo com Gabellini, esse conceito de “conforto” ou “adequação” pode ser usado em favor do empresário caso ele já esteja no varejo tradicional, por já conhecer o mercado, possuir estoque e ter uma marca localmente conhecida. Resultando em menor custo de implantação e aumento do alcance geográfico de vendas.
Entretanto, isso não exclui a necessidade de um plano de negócio para o e-commerce. Parte do processo pode ser facilitado respondendo perguntas como “Que plataforma utilizar? ”, “Como irá funcionar minha operação de estoques e logística? ” e “De que maneira recebei os pagamentos? ”.