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Por que o Brasil está se preparando para o 5G?

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A internet 4G ainda mal chegou em todos os cantos do país e já se discute a internet 5G no Brasil. Pode parecer estranho para algumas pessoas, mas esse assunto é de extrema importância para que a Era da Informação continue avançando em todos os cantos.

Além disso, pela primeira vez, o Brasil está na liderança de pesquisas e projetos que envolvem essa quinta geração de internet no mundo.

O Brasil à frente das pesquisas e discussões sobre 5G

Em primeiro lugar, é necessário responder à pergunta inicial: por que discutir o 5G no Brasil se a tecnologia 4G ainda não está totalmente implantada? O professor titular do Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações) Luciano Leonel Mendes responde:

“O fato é que as pesquisas e estudos para a definição de um padrão de comunicação móvel inicia-se, tipicamente, uma década antes da sua disponibilidade comercial. Os esforços de padronização realizados hoje serão utilizados pelas pessoas em algum momento entre 2020 e 2030. Mas sem essa discussão atual, não haverá uma nova atualização no futuro”.

Segundo o professor, a diferença é que os pesquisadores brasileiros têm atuado na dianteira na concepção de um padrão de rede móvel. Quem lidera as pesquisas é o Inatel, que propõe um novo modelo que vai muito além de todas as vantagens que o 5G no Brasil trará:

“A ideia é permitir o acesso à internet em áreas remotas com qualidade e custo acessível”, afirmou. Em dois anos e meio, os pesquisadores do CRR (Centro de Referência de Radiocomunicações) desenvolveram um transceptor MIMO-GFDM Flexível, que foi recentemente apresentado em Brasília.

O equipamento venceu em junho de 2017 uma competição na Europa, pois com ele, espera-se aumentar o raio de cobertura – que atualmente é de 5km a 10km – para 50km, sem perder a qualidade da banda larga em nenhum momento.

As vantagens da internet 5G no Brasil e no mundo

De acordo com Mendes, no exterior as redes 5G estão sendo concebidas para:

  • Viabilizar a Internet das Coisas;
  • Aumentar ainda mais a velocidade de conexão (por exemplo, baixar um vídeo de 2 horas e apenas 2 minutos);
  • E reduzir dramaticamente o atraso, tornando possível o controle de objetos reais e virtuais na chamada Internet Tátil.

“No entanto, há um cenário que não está sendo amplamente discutido nos fóruns internacionais, mas que é extremamente importante para o Brasil: nas localidades rurais e regiões de baixa densidade populacional não há nenhuma oferta de serviços de Internet, a não ser o proibitivo acesso via satélite”, explica o professor Luciano. E é justamente essa a discussão e a proposta do Inatel, que complementa:

“Todos esses serviços e recursos previstos para as redes 5G irão causar um grande impacto no nosso cotidiano e os benefícios resultantes desta nova tecnologia serão importantes para a sociedade brasileira”.

Do 1G ao 5G: as principais mudanças

  • 1G: a primeira geração da telefonia celular permitiu que as pessoas ligassem para as pessoas, ao invés de ligarem para algum lugar. Isto é, o telefone passou a ser pessoal.
  • 2G: a segunda geração trouxe o celular com a possibilidade de enviar e receber mensagens curtas de texto, o SMS, causando uma revolução na forma de comunicação. O SMS foi o precursor da atual febre dos aplicativos de texto, como WhatsApp e Telegram.
  • 3G: a tecnologia 3G trouxe a internet para os, agora, smartphones (com suas grandes capacidades de armazenamento), popularizando-a nos centros urbanos, e permitindo que qualquer pessoa atualizasse seu perfil nas mídias sociais, sem falar no crescimento do e-commerce. As pessoas, então, passaram a ser geradoras de conteúdo, e não mais apenas consumidoras das grandes mídias.
  • 4G: a quarta geração está se espalhando pelo Brasil e potencializa tudo o que era oferecido com o 3G, mas com acesso mais rápido à Internet, capacidade de assistir vídeos em alta definição pelo celular e envio quase instantâneo de fotos e mensagens para qualquer pessoa conectada.
  • 5G: as pesquisas giram em torno da potencialização da Internet das Coisas e, aqui no país, os esforços dos pesquisadores do Inatel estão no sentido de expandir a quinta geração de internet para todos os lugares, incluindo a zona rural e locais de baixa densidade populacional.