As empresas disruptivas carregam essa característica no DNA. São corporações que enxergam o mundo de forma diferente e propõem novas soluções para atender o mercado consumidor. Entretanto, existem diferentes níveis de disrupção, que passam pela inovação nas formas de atender, produzir, entregar e, até mesmo, tudo junto e misturado.
“O fator crucial para criar empresas disruptivas é realmente querer trazer algo novo e relevante ao público. Nós da Zaitt trouxemos ao mercado uma proposta de valor que foge da curva habitual de consumo. É um negócio que busca interagir e provocar positivamente o consumidor a uma nova maneira de comprar”, defende Rodrigo Miranda, CBO (Chief Business Officer) da Zaitt (uma loja autônoma que funciona sem funcionários, que comercializa comidas e bebidas e que o consumidor nãi utiliza nem cartão nem dinheiro).
O modelo foi inspirado na Amazon Go, nos Estados Unidos, e em experiências do mercado de varejo chinês. Além disso, existem iniciativas similares pelo menos em outros países da Europa e Japão. O cliente acessa e sai da loja usando um QR Code gerado pelo aplicativo da Zaitt, com leitor acoplado à porta do estabelecimento. Os produtos escolhidos são escaneados pelo consumidor no App e a cobrança é gerada quando o consumidor deixa o local. Pela loja de Vitória-ES passam cerca de duas mil pessoas por semana, que gastam, em média, R$ 30,00. Com a validação do negócio, a Zaitt pretende negociar franquias, com valor de investimento estimado em R$1 milhão por unidade.
Vantagens do negócio para o consumidor
- Simplificação do processo de compra;
- Agilidade na visita aos mercados;
- Economia de recursos;
- Segurança, praticidade e comodidade.
No mundo moderno, as tecnologias têm sido as grandes aliadas das empresas disruptivas. É a partir delas que muitas organizações conseguem apresentar um novo modelo de negócios. A evolução tecnológica traz consigo, inevitavelmente, novas formas de organização empresarial.
“Na minha visão ser disruptivo é algo que vem do background dos sócios da empresa e do DNA de cada um. Você pode aprender a técnica para inovar, mas só será um inovador mesmo se tiver essa capacidade de criação dentro de você”, afirma Miranda.
Dicas para as empresas inovarem nas suas áreas
O primeiro passo para criar empresas disruptivas é olhar para dentro das corporações, analisar as atuais estratégias, quem está liderando quais setores e identificar se há um caminho virtuoso.
“Uma vez que se percebe a necessidade de mudanças, é hora de agir, unir o time, entender o problema, buscar soluções seja dentro ou fora do negócio para que o leme esteja novamente apontado para a direção certa”, diz o CBO.
Além disso, é essencial manter um bom networking, conversando com pessoas do mesmo mercado, e buscar por mentores que ajudem a refletir sobre eventuais estratégias, além de investir em cursos de atualização. E outro fator importante, segundo Miranda, é trazer constantemente colaboradores que sejam capacitados para auxiliarem a empresa nesse processo.