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Web 3.0: o que é e suas tendências

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A nova fase da rede mundial de computadores deverá trazer mais autonomia e descentralização, integrando o conceito com o uso das novas tecnologias. Veja neste artigo!

O avanço da conectividade mais ágil e com menor latência tem trazido uma série de mudanças, e uma das que devem figurar em nosso cotidiano em breve é a Web 3.0. 

O conceito marca a terceira fase da revolução na rede mundial de computadores, agora mais focada em experiências ainda mais interativas e descentralizadas.

Para compreender mais deste conceito e das tendências da Web 3.0, conversamos com Alan Kardec, COO da Blockchain One e pesquisador sênior de inovação do Idesco e coordenador dos Territórios de Inovação do Centec no Estado do Ceará.

Veja mais sobre o assunto e confira as opiniões do especialista abaixo!

A evolução da Web 1.0 até a Web 3.0

A primeira fase da Web, surgida em meados da década de 1990, se configurada em um cenário “onde os sites eram compostos principalmente por páginas estáticas de HTML, sem muita interatividade e a participação ativa de usuários, que consumiam conteúdos sendo controlados e atualizados por desenvolvedores”, como diz Kardec.

O especialista lembra que a segunda fase do conceito, no começo dos anos 2000, trouxe uma série de novidades que impactam na forma como usamos a internet e seus serviços derivados hoje, com muito mais autonomia para os usuários.

“A Web 2.0 emergiu com mudanças significativas na forma como as pessoas interagem na internet. Estamos falando do surgimento das redes sociais, blogs, fóruns e diversas plataformas de conteúdo e streaming, onde os usuários passaram a gerar conteúdo e interagir uns com os outros”, reflete.

Ele continua, observando que esta fase foi “o ponto de partida das big techs, dando início à era Google, Facebook, Twitter e Amazon, por exemplo.”

Agora, com a popularização massiva dos dispositivos portáteis e o surgimento de tecnologias como o 5G, novas possibilidades se desenham na Web 3.0.

"A Web 3, ou Web semântica, que está em pleno vapor de desenvolvimento para superar algumas das limitações da Web 2 (a centralização), para que os usuários possam, por exemplo, controlar seus próprios conteúdos, suas identidades e seus dados na internet", diz Kardec.

O COO da Blockchain One continua: "A Web 3 promove a descentralização, usando tecnologias como blockchain e contratos inteligentes para criar uma internet mais transparente, segura e confiável.”

Segundo ele, “esse ponto convergência tecnológico traz consigo velhos e novos protagonistas: o Bitcoin, a rede Ethereum, Polkadot, IPFS (InterPlanetary File System), o navegador Brave, a Chainlink, e a tão falada Inteligência Artificial (IA) com seus poderosos prompts em chats inteligentes."

O conceito de Web 3.0 e suas características práticas

Como observamos, a Web 3.0 promete trazer uma integração muito mais ampla com outras tecnologias que estão surgindo, o que trará importantes mudanças nos serviços disponibilizados e na forma como usamos a rede.

Para Kardec, isso "está intrinsecamente relacionado à visão de uma internet descentralizada. A tese de que os usuários podem ter mais controle sobre seus dados e participar ativamente na construção e governança de redes sem a necessidade de estar inscrito em uma plataforma como Google, Meta ou Microsoft."

Ainda na visão dele, "pode-se dizer, que são tecnologias que permitem a criação de aplicações e plataformas que operam de forma autônoma e transparente, sem a necessidade de intermediários centralizados"

Outro aspecto reforçado pelo COO da Blockchain One é o fato de que haverá mais segurança digital, assim como maior possibilidade de personalizações, o que trará vantagens na forma como cada usuário experimenta a rede em sua terceira fase.

"Os usuários ganham maior controle sobre seus dados pessoais utilizando identidades digitais únicas e descentralizadas, decidindo como, quando e com quem compartilham suas informações, promovendo a privacidade e a segurança", diz ele.

Ele acrescenta, destacando que "a contribuição da IA no contexto da Web 3.0 pode permitir que os serviços e as aplicações se adaptem às necessidades e preferências individuais, proporcionando uma experiência mais relevante e eficiente. É uma evolução da internet em direção a uma estrutura descentralizada."

As principais tendências da Web 3.0

De acordo com Kardec, entre as principais tendências que devem compor a Web 3.0 estão aspectos como a Inteligência Artificial e o Machine Learning, que, em suas palavras, "desempenham um papel cada vez mais significativo em diversas áreas, desde assistentes virtuais e chatbots até análise de dados avançada e automação de processos."

Ele cita ainda a Internet das Coisas nesta toada, o que deverá "impulsionar o surgimento de casas inteligentes, cidades inteligentes, indústria 4.0 e muito mais". 

Outro ponto abordado por ele é o da Realidade Virtual (VR) e Realidade Aumentada (AR), "que estão transformando a forma como interagimos com o mundo digital por meio da gamificação das coisas, entretenimento, treinamento, educação, design e ambientes virtuais que sobreponham informações digitais ao mundo real."

Kardec continua, observando que a nova fase também focará "nas redes blockchain e seus criptoativos, ou token economics utilizados em contratos inteligentes, gerenciamento de cadeias de suprimentos, identidade digital, fracionamento de ativos reais, tokens não-fungíveis (NFT), metaverso e criptomoedas."

Por fim, o representante da Blockchain One também fala da computação em nuvem, "que permite o armazenamento, processamento e acesso a dados e aplicativos pela internet com escalabilidade, flexibilidade e economia de custos para empresas e usuários finais."

Os principais aplicativos da Web 3.0

A nosso pedido, Kardec comentou alguns dos aplicativos que já estão sendo desenvolvidos de acordo com os parâmetros da Web 3.0, e que devem potencializar aplicativos semelhantes que já utilizamos hoje. Ele lista:

  • Audius: “Plataforma de streaming de música descentralizada construída sobre a tecnologia blockchain (comparado ao Spotify).”
  • Presearch: “Mecanismo de busca descentralizado que recompensa os usuários por suas pesquisas (comparado ao Google).”
  • Status: “Aplicativo de mensagens e navegador descentralizado (comparado ao Whatsapp).”
  • Odysee: “Plataforma de compartilhamento de vídeos descentralizada (comparado ao Youtube).”
  • Brave: “Navegador da web descentralizado que prioriza a privacidade do usuário, bloqueando anúncios e rastreadores indesejados (comparado ao Chrome).”
  • Braintrust: “Plataforma descentralizada de contratação de talentos que conecta freelancers de alta qualidade a empresas (comparado ao Linkedin).”
  • District: “Plataforma de mercado descentralizada onde os usuários podem criar, comprar e vender ativos digitais, como tokens não fungíveis (NFTs) (comparado ao Facebook).”

Gostou de saber mais sobre o tema? Então siga por aqui e confira nosso material com o título “Web 3.0: o que está por vir?”.

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TAG: web 3.0
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