Brasil é o número um em ataques financeiros no mundo. Essa é a triste constatação de um estudo feito pela empresa de soluções de proteção Karspersky, que ainda aponta phishing e trojans financeiros como os responsáveis pela maior parte dos ataques em nosso País e para a evolução do malware nacional quanto a sua sofisticação e nível técnico. Diante de todas as ameaças, resta saber se faltam barreiras para conter os acessos criminosos ou se existem falhas nas entradas.

As duas opções são verdadeiras, avalia Igor Valoto, especialista em segurança de ameaças da Trend Micro. “Mesmo uma empresa de segurança que não tem conhecimento ou pesquisa no Brasil pode criar barreiras para ataques que só ocorram aqui”, diz. Por outro lado, ele também considera que quem ataca também evolui e modifica seus ataques de acordo com as barreiras de segurança implementadas.

 

Garantir proteção confiável tem de considerar a segurança de toda a cadeia de pagamento

 

Para o diretor da divisão de Prevenção de Fraudes da Kaspersky Lab no Brasil, Renato Moura, garantir proteção confiável tem de considerar a segurança de toda a cadeia. “Inclusive nos dispositivos móveis, redes sem fio e nos canais de transferência externas à rede corporativa.” Assim, cabe aos profissionais de meio de pagamento implementar segurança em camadas e também fornecer as informações necessárias para que as organizações possam definir suas estratégias de mitigação e de resposta às fraudes.

Orientação

Além dos aspectos tecnológicos, Valoto sugere trabalhar lado a lado às dificuldades dos usuários. “Vale instruir como eles podem se certificar de que estão acessando seus produtos de forma segura, recomendar a utilização de boas ferramentas de segurança pessoal e não clicar em e-mails de desconhecidos, por exemplo.”