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Data spaces: o próximo passo da economia de dados

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Criados para facilitar o tráfego de dados, os data spaces já estão em desenvolvimento na Europa, e já há iniciativas para aplicá-los também no Brasil. Leia neste artigo!

Você já ouviu falar em data spaces? Apesar de ainda estar em desenvolvimento, o conceito já está começando a ser aplicado na Europa, onde a União Europeia (EU) criou uma comissão especial para tratar do tema.

Em suma, podemos resumir os data spaces como um ambiente único de dados para empresas, instituições e entidades que queiram realizar o tráfego e troca de dados em um ambiente único de acordo com as diretrizes do bloco.

Para sabermos mais, conversamos com Bruno Jorge, gerente da Unidade de Difusão de Tecnologias da ABDI - Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, que nos explicou detalhes do assunto.

Confira abaixo!

O que são e como funcionam os data spaces?

Como falamos na introdução deste texto, os data spaces são ambientes virtuais que permitem a integração de dados entre diferentes agentes com base em diretrizes comuns. Dessa forma, é possível ter mais proteção e facilidade na troca de dados.

Segundo Jorge, "os data spaces são ambientes digitais interconectados que são capazes de garantir uma disponibilidade crescente de dados, proporcionando acesso e compartilhamento seguros e confiáveis, por meio de plataformas digitais com padrões e governança claros e compartilhados."

O uso de data spaces no gerenciamento e organização de dados

Nas palavras do gerente da ABDI, os data spaces "facilitam a gestão e a organização dos dados por meio de um ecossistema que considera dimensões relacionadas ao negócio (com definição dos usuários, criação de valor, atendimento entre demanda e oferta de dados etc)”,

Ele cita ainda que eles englobam “questões legais (com definições de contratos, proteção de dados pessoais, propriedade intelectual, normativos de compartilhamento, armazenamento e rastreabilidade de dados etc) à questões tecnológicas (padrões, software, hardware etc), à questões funcionais (interoperabilidade, segurança, governança etc), entre outras."

A União Europeia também tem apostado no sistema para conseguir vantagens como melhora nos cuidados de saúde, criação de sistemas de transporte mais seguros e limpos, geração de novos produtos e serviços, redução dos custos dos serviços públicos e otimização da sustentabilidade e eficiência energética.

Tecnologias e arquiteturas para implementar um data space

De acordo com Bruno Jorge, para utilizar o data space “é necessária uma federação que considere as infraestruturas de TI existentes.”

Ainda em suas palavras, isso inclui “plataformas que fornecem serviços de compartilhamento de dados (intermediários de dados) e que também determine um conjunto de interfaces técnicas, semânticas, legais, organizacionais e de serviços.”

Na visão do especialista, é preciso que essas funcionalidades “tragam confiança para que as empresas possam criar inovações conjuntas por meio do compartilhamento de dados, de forma protegida, mas que ainda mantenham o controle sobre seus próprios dados e propriedade intelectual.”

As finalidades dos data spaces para usuários e empresas

Falando sobre o uso dos data spaces em diferentes áreas, Jorge observa que essas estruturas "podem trazer novas formas de coordenação e criação de valor para alcançar uma transformação digital e social sustentável."

Ele complementa, destacando que "para os usuários, trazendo maior transparência, compreensão e conveniência, ao compartilharem seus dados e receberem novos tipos de serviços.”

Ainda de acordo com ele, “para as empresas, ampliando a capacidade de conexão com um ecossistema de provedores e consumidores de dados, de forma mais fácil, ágil e legal, para identificar novos modelos de negócios, serviços, produtos e potenciais novos usuários."

Tendências dos data spaces e utilização do conceito no Brasil

Além da União Europeia, o especialista da ABDI comenta que mais países já estão envolvidos no desenvolvimento de data spaces para diferentes áreas, o que deve trazer uma significativa mudança no ambiente de dados dos próximos anos.

"Cases estão sendo desenvolvidos, por exemplo, em setores como agricultura, educação, finanças, saúde, indústria 4.0, mobilidade, setor público etc. No Brasil, existem iniciativas locais e regionais de compartilhamento de dados, sendo iniciadas discussões para iniciativas federais", ressalta.

Sobre o Brasil, Jorge comenta que a ABDI tem atuado em duas iniciativas nesse sentido. Ele detalha mais sobre elas:

"Temos um estudo voltado a aplicação de Data Space na Agropecuária, em conjunto com o Parque Tecnológico de São José do Campos (Agro Polo) e a empresa Safe Trace, além de participar e colaborar com um conjunto de workshops com a GIZ Brasil para identificar oportunidades e desafios para a indústria."

Ainda deve levar um tempo para os data spaces estarem em pleno funcionamento por aqui, mas os movimentos vistos na Europa indicam que essa tendência deve se concretizar em uma realidade muito em breve.

Por isso, siga se informando. Leia agora nosso material sobre o cenário da privacidade e tratamento de dados no Brasil!

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