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AIoT e smart edge na hiperautomação de ambientes complexos

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Pietro Colloca, da Intel, nos deu mais informações sobre conceitos, setores beneficiados, desafios e outros aspectos da AIoT e do smart edge. Veja mais!

A convergência entre a inteligência artificial (IA) e a Internet das Coisas (IoT), conhecida como AIoT, está transformando a maneira como empresas operam e gerenciam os processos. 

Em paralelo, a evolução das tecnologias de smart edge (borda inteligente) tem permitido o processamento de dados mais próximo de onde eles são gerados, resultando em menor latência e maior eficiência. 

A combinação dessas duas forças tecnológicas é essencial para a hiperautomação de ambientes complexos, permitindo que as empresas realizem tarefas automatizadas em escala, com uma precisão e velocidade sem precedentes.

Para entender como AIoT e smart edge estão sendo aplicados na automação de processos em ambientes complexos, conversamos com Pietro Colloca, especialista de aplicações LatAm na Intel e palestrante do painel "Hiper Automação em Ambientes Complexos: AIoT e smart edge expandindo a inovação e eficiência operacional" no Futurecom 2024.

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Ele nos explicou como essas tecnologias estão beneficiando setores estratégicos e quais desafios e oportunidades surgem na implementação de tais soluções. Confira!

Conheça os principais setores beneficiados por AIoT e smart edge

Diversos setores podem se beneficiar significativamente das aplicações de AIoT e smart edge, especialmente aqueles que geram grandes volumes de dados que podem ser captados e analisados localmente. 

"Algumas áreas que se destacam nesse contexto são a indústria/manufatura e o segmento de vídeo monitoramento, incluindo cidades inteligentes", afirma Pietro Colloca.

Na manufatura, por exemplo, as melhorias são notáveis em diferentes frentes. "No setor de logística, a utilização de robôs móveis autônomos para processos de pick and place otimiza o fluxo de materiais, reduzindo erros e melhorando a eficiência operacional", explica Colloca. 

Ele acrescenta que, na manutenção preditiva, "o uso de soluções como a Intel Edge Insights for Industrial permite a coleta e análise de dados históricos de equipamentos, possibilitando a identificação precoce de falhas e a redução de paradas não planejadas”.

No segmento de vídeo monitoramento, as câmeras atuam como sensores principais, com um vasto potencial de processamento. 

"A partir de algoritmos de inteligência artificial rodando na borda, é possível realizar análises avançadas, como a detecção de comportamentos suspeitos, o que já demonstrou grande eficácia em casos práticos", diz Colloca. 

Ele exemplifica com um caso em uma rede de farmácias, onde "a aplicação de análise de vídeo para detectar princípios de roubo resultou em uma redução de mais de 80% nos incidentes”.

Os desafios comuns na implementação de AIoT e edge

A adoção de soluções de AIoT e edge não é isenta de desafios. Colloca destaca que os principais obstáculos estão na integração, na segurança, na comunicação e na escalabilidade. 

"A integração exige um planejamento cuidadoso para conectar novas tecnologias sem interromper operações existentes, utilizando plataformas que suportam interoperabilidade", comenta o representante da Intel.

Em relação à segurança, Colloca alerta que ela é essencial "para proteger dados e dispositivos contra ciberataques, demandando medidas robustas, ainda mais por tratar de dados tão sensíveis.”.

A comunicação, por sua vez, "requer infraestruturas de rede confiáveis, como o 5G privativo, especialmente em ambientes com conectividade instável."

Por fim, a escalabilidade deve ser garantida para que as empresas possam expandir as operações de forma eficiente e sem comprometer o desempenho. 

"Com um plano de implementação organizado e com o apoio do ecossistema e parceiros, esses desafios podem ser facilmente contornados", assegura Colloca.

AIoT e smart edge aplicados à integração de sistemas legados

A integração de sistemas legados com tecnologias emergentes é uma preocupação comum entre empresas que buscam modernizar suas operações. 

Colloca sugere que esse processo deve começar com uma avaliação e planejamento detalhados: "É importante avaliar os sistemas existentes e identificar como eles podem ser integrados com novas tecnologias", explica.

A interoperabilidade é outro ponto crucial, podendo ser alcançada "utilizando padrões abertos e APIs, garantindo que os novos sistemas se comuniquem efetivamente com os sistemas legados”.

Uma abordagem gradual na migração é recomendada para minimizar a interrupção das operações. Além disso, “o treinamento também é essencial para garantir que a equipe esteja bem-preparada para operar e manter os novos sistemas", complementa Colloca.

A relevância das estratégias de nuvem híbrida e multicloud

As estratégias de nuvem híbrida e multicloud são fundamentais para a escalabilidade dos processos em ambientes complexos. 

Essas abordagens proporcionam flexibilidade, permitindo que as empresas escolham o melhor ambiente para diferentes cargas de trabalho, seja on-premises, nuvem pública ou privada. 

"A resiliência é aumentada com a redundância e distribuição de dados e aplicações em múltiplas plataformas, reduzindo o risco de falhas e interrupções", aponta Colloca.

Além disso, do ponto de vista de custo-benefício, essas estratégias permitem otimizar gastos ao utilizar a nuvem pública para cargas de trabalho variáveis e a nuvem privada para dados sensíveis ou cargas de trabalho constantes. 

"O desempenho também é melhorado com a proximidade dos dados e aplicações aos pontos de uso final, crucial para aplicações que exigem resposta em tempo real", conclui Colloca.

De modo geral, a combinação de AIoT e smart edge está abrindo novas possibilidades para a automação de ambientes complexos, permitindo que empresas em diversos setores operem de forma mais eficiente, segura e escalável. 

No entanto, a implementação dessas tecnologias requer uma abordagem estratégica e cuidadosa, com atenção especial à integração, segurança e comunicação.

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