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Usos de frequência do 5G: novos entrantes e as decisões em torno dos 700MHz

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Após leilão do 5G no Brasil, novas operadoras buscam se posicionar e ajudar a levar tecnologia a regiões remotas. Entenda as decisões em torno dos 700MHz.

No final de 2021 o governo federal contemplou operadoras para a aplicação do 5G no Brasil e estabeleceu os chamados compromissos de abrangência. Para o ano que vem, por exemplo, a meta da Anatel é ampliar a quantidade de antenas nas capitais para o mínimo de uma antena para cada 30 mil habitantes. Até 2026, 30% dos municípios com população inferior a 30 mil - que significa a maior parte das cidades brasileiras com 4.396 municípios - estejam atendidas pela quinta geração.

Para discutir e entender o papel de novas empresas entrantes nesse mercado e seu papel nesse planejamento, a 23ª edição do Futurecom, feira de telecomunicação, conectividade e tecnologia que acontece em São Paulo, realizou o painel “Usos de frequência do 5G: novos entrantes, decisões (e desdobramentos) em torno dos 700MHz”.

O debate, mediado pelo CEO da Futurion Caio Bonilha, contou com a participação do superintendente executivo da Anatel. Abraão Balbino destacou a importância do Plano Geral de Metas de Competição (PGMC) para incentivar a expansão do mercado. “Sabíamos que por uma questão natural a consolidação do mercado móvel iria acontecer. O PGMC foi a trilha estruturante do processo regulatório, introduzindo no mercado móvel um conceito parecido com o que foi feito nos últimos 15 anos no mercado fixo”, afirmou o executivo.

“O leilão do 5G foi uma peça do quebra-cabeça, mas não é a única aposta da Anatel. Temos uma obsessão pela competição. Em 2017, por exemplo, o mercado fixo era 92% dominado por grandes operadoras, e atualmente 56% são pequenas e médias operadoras. Criar medidas regulatórias pró-competição e abrir o negócio para novos entrantes é inegociável para a Anatel”, completou Abraão.

Diferentes desafios para grandes empresas e novos entrantes

Se por um lado as grandes operadoras traçam suas estratégias para o avanço e monetização do 5G a partir de grandes centros urbanos, por outro os novos entrantes têm desafios diferentes, como conhecer as peculiaridades e criar um relacionamento mais próximo dos consumidores. Ainda assim, para o CEO da Brisanet, José Roberto Nogueira, o leilão da Anatel garantiu meios para alcançar o sucesso nas mais variadas fatias de mercado.

“O modelo de leilão não arrecadatório foi tão bem construído pela agência que conseguiu beneficiar pequenas e grandes empresas, pequenas e grandes cidades. Agora o desafio é das entrantes e companhias regionais, e isso não é apenas negócios, é também um desafio, já que a infraestrutura em cidades pequenas não é tão boa. Atualmente já temos uma rede construída de 5G para quatro milhões de habitantes, e estamos testando plataformas de software que fazem jornada do cliente fim a fim”, explicou o executivo.

Já o CEO da Winity, Sergio Bekeierman, propôs uma união das empresas do setor como pauta positiva para 2024, dizendo que há sinergia entre as missões dessas companhias. “Uma pauta relevante no setor e que temos debatido pouco são as obrigações que foram assumidas no leilão. Elas não foram aleatórias, elas trouxeram um objetivo claro de levar cobertura de 5G para onde não existe viabilidade econômica ainda. E qual foco devemos dar para o cumprimento disso? Ao meu ver, é um modelo de competição com cooperação. Quanto mais entrantes, mais o mercado será saudável, porque existe uma demanda muito forte por tecnologia”, disse Bekeierman.

Quem lembrou outro desafio da conectividade no país foi Gabriel Codo, partner na McKinsey & Company, quando falou sobre formas de alavancar a migração de clientes antigos para as novas tecnologias. Segundo ele, “existe um aprendizado vindo de outros mercados no Brasil, e também a experiência internacional de competição, ambas apontando para o compartilhamento de rede entre empresas como uma ferramenta fundamental”.

O painel “Usos de frequência do 5G” no Futurecom também contou com as participações de Frederico Trindade, gerente executivo de Negócios, Treinamento e Consultoria da Inatel; Rodrigo Schuch, presidente da Associação NEO; e Felipe Aguiar, gerente de Projetos da TelComp.

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