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Professionals of Future: Como vencer o gap global de profissionais de TIC e os skills mais desejados até 2025

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Faltam profissionais em TI: como formar jovens talentos para um mercado que prioriza cada vez mais soluções tecnológicas

Mesmo com o avanço dos investimentos em tecnologia e o setor privado priorizando ações de conectividade, o Brasil tem um gap histórico de profissionais de Tecnologia da Informação e Comunicação. Segundo um levantamento recente do Google for Startups, o país terá um déficit de 530 mil trabalhadores da área até 2025. Diante desse desafio, representantes de grandes empresas do setor discutiram soluções no painel “Professionals of Future: Como vencer o gap global de profissionais de TIC e os skills mais desejados até 2025”, realizado durante a 23ª edição do Futurecom, feira de telecomunicação, conectividade e tecnologia que acontece em São Paulo.

O debate foi mediado por Cristiane Tarricone, presidente do Conselho da Associação MCIO, que explicou a diferença entre hard skills, aquelas habilidades técnicas que podem ser aprendidas e quantificadas, e as soft skills, habilidades sociais e comportamentais. “Estamos vivendo economia digital e profissionais do futuro trabalham remotamente, o que exige um local de trabalho adaptável para aumentar a produtividade. As hard skills são importantes, é claro, mas as soft skills fazem parte do perfil ideal do trabalhador que queremos para operar essas tecnologias em níveis cada vez maiores de conectividade”, afirmou a especialista.

As universidades têm um papel importante nessa questão, mas as empresas também podem desenvolver seus jovens talentos, conforme o exemplo dado pela diretora de TI da Embratel, Andrea Mannarino. “Nosso desafio é garantir as entregas dos clientes, mas sempre inovando e buscando uma nova expertise. Para isso, fazemos buscas contínuas por jovens talentos em universidades, dando a oportunidade do primeiro emprego, e criamos uma academia interna com trilhas de aprendizado, garantimos assim o comprometimento dos nossos colaboradores atuais com a capacitação dos futuros funcionários. Todo aprendiz ou estagiário que passa por essa academia faz seu primeiro API, e quando chega na área de negócios ele já é um desenvolvedor”, explicou a executiva.

Como criar ambientes modernos de aprendizado

Quem falou pelas instituições de ensino foi Carlos Nazareth Marins, diretor do Instituto Nacional de Telecomunicações, um dos principais centros de excelência em pesquisa e inovação em tecnologia do país. Ele contou que 70% dos alunos de graduação têm bolsa integral ou parcial, e 100% dos alunos de mestrado e doutorado não precisam desembolsar nada. “É mais do que necessária a formação de engenheiros que tenham a capacidade de transformar conhecimento em algo aplicável para a sociedade e que dê retorno para a empresa. Para isso, a sala de aula deve ter ambientes que propiciem o desenvolvimento tecnológico, aulas temáticas usando games, internet das coisas, radiofrequência e ótica”, disse Carlos Nazareth. Outra perspectiva foi dada pelo diretor geral da SoulCode Academy, Fabricio Cardoso, que afirmou que “o propósito da educação em tecnologia precisa ser a diversidade e inclusão social, levando o conhecimento para quem não tem condições de viver o mundo da tecnologia”.

O painel sobre profissionais de TIC no Futurecom também contou com uma visão de país oferecida por Affonso Nina, presidente da Brasscom, a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação. Para ele, o uso de tecnologias digitais no Brasil é justamente um caminho para o crescimento de forma sustentável e com inclusão social. “Hoje, a TI é disseminada em todos os setores da economia: empresa, governo, cidadãos. É o que impulsiona a nossa vida na palma da nossa mão e faz com que o poder público se aproxime do povo”, afirmou Affonso. O especialista em Inovação e Novos Negócios da Bosch, multinacional alemã de engenharia e tecnologia, Jonatas Soares dos Santos, concordou com o raciocínio, dizendo que “a formação de novos talentos tem um efeito multiplicador e gera um ciclo virtuoso que pode transformar a forma como o Brasil é visto internacionalmente”.

E quando se fala em uso de tecnologia para melhorar os processos, é impossível não citar o potencial da Inteligência Artificial, como lembrado pela executiva de Negócios da Amdocs, Jucelle Biagioli. “A formação precisa andar em sintonia com os profissionais mais experientes que serão ‘guardiões’ dos sistemas e dados diante de ataques cibernéticos, para possibilitar o desenvolvimento de pessoas que cuidem de tecnologias de robótica e inovação, e encontrem novas formas de usar IA no mercado”, explicou Jucelle. CTO da Connectoway, Thyago Monteiro deu exemplos de cursos abertos ao público promovidos pela empresa que já estão criando novas linguagens de aprendizado: “Oferecemos treinamento para os funcionários dos clientes, e em um ano de programa já temos cinco mil profissionais capacitados, e 80% deles assistem às aulas pelo celular, o que indica que alguns deles sequer tem um notebook”

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