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Os possíveis cenários para o futuro dos serviços financeiros e meios de pagamento na era digital

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VP de Novos Negócios da Visa do Brasil, Rafael de Abreu abriu as palestras do Future Payment no primeiro dia do evento. Saiba mais dos temas abordados pelo especialista!

Não foram poucas as novas formas de pagamento que vimos surgir nos últimos anos, e engana-se quem pensa que as novidades param por aí. Em tempos de revoluções constantes no setor financeiro, estar conectado com as tendências dos meios de pagamento na era digital para o futuro é vital para quem quer sobreviver.

O tema foi abordado na palestra de abertura do Futurecom Payment, realizada nesta terça-feira, dia 18, no Futurecom 2022, que acontece até 20 de outubro no São Paulo Expo. Conduzida por Eduardo Abreu, VP de Novos Negócios da Visa do Brasil, a palestra buscou abordar pontos dessa constante transformação.

“A melhor forma de prever o futuro é criando esse futuro em conjunto, de forma colaborativa, trazendo mais participantes sempre que estivermos falando sobre o que está sendo construído", refletiu Abreu no início de sua fala.

Possibilidades de futuro: possível, plausível e provável

O especialista comentou que existem três possibilidades de futuro, e que cabe às instituições estarem conectadas a essas opções que se desenham.

“Gostamos de falar do futuro em três segmentos: o primeiro é o futuro possível, o que poderia acontecer. O segundo é o futuro plausível, o que pode acontecer. E o terceiro é o futuro provável, o que deve acontecer”, analisou ele.

Abreu atentou para a necessidade de se olhar não só para as mudanças tecnológicas nos meios de pagamento que estão ocorrendo agora, mas como para o que irá ser a realidade na próxima década.

“Nós, como organizações, como vamos descobrir as experiências e serviços que os clientes vão querer consumir em dez anos? Quais são as dores que irão aparecer? E quais soluções que vão aparecer, o que chamamos de solução invisível, que já temos que começar a desenhar?”, questionou.

Os três pilares para o futuro dos meios de pagamento

Falando sobre a atuação da Visa do Brasil, o palestrante apontou que a gigante do setor costuma dividir sua abordagem de atuação em três pontos. Ele explica:

“Nós dividimos isso em três pilares: falar em pessoas, obviamente; no comércio, que está super intrínseco com nosso negócio; e no dinheiro, que é a forma de realizar os desejos do nosso consumidor.”

Prosseguindo em seu raciocínio, Eduardo Abreu relembrou o crescimento que a pandemia da Covid-19 trouxe para o uso de métodos digitais, o que deverá se intensificar cada vez mais com o avanço do metaverso e demais tecnologias.

“Os preços dos imóveis dentro do metaverso cresceram 700% em 2021. A gente não está vendo um movimento de tendência, mas sim um movimento que está acontecendo, com marcas investimento no metaverso para se posicionar”, disse.

O uso do celular como substituto da carteira física

Ao longo da palestra, o VP de Novos Negócios da Visa citou o livro “Enchanted Objetcs”, de David Rose, do MIT, que destaca os superpoderes que a tecnologia confere aos humanos como uma forma de revolução.

Segundo ele, tais mudanças já são visíveis na forma como usamos o celular, já que, através do dispositivo é possível carregar documentos, realizar pagamentos e acessar variados serviços, tornando até mesmo a carteira física obsoleta.

“Hoje você pode até sair de casa sem a carteira, mas não sem o celular. E pensando em plataformas temos o Google Home, Alexa, Apple Watch, então temos uma experiência muito mais interativa que facilitou a nossa vida”, comentou.

Produtos e serviços para os consumidores da nova geração

Falando sobre as mudanças de comportamento que também estão em voga, o representante da Visa abordou o exemplo do consumidor consciente, que hoje tem uma olhar muito mais apurado para onde quer investir seu dinheiro.

“Uma outra tendência é o consumidor consciente, de se preocupar com o que está preocupando, qual é a natureza do serviço e do produto que ele está adquirindo. Isso não tem mais como voltar atrás”, apontou.

“A gente tem o exemplo da Unilever, cujas marcas cresceram 69% mais que as tradicionais, que são as marcas com propósito, que tem soluções sustentáveis. Nós temos que estar cada vez mais atentos a como adequar nossos produtos e serviços para essa geração”, complementou Abreu.

O palestrante aproveitou ainda para falar sobre como hoje vivemos em uma realidade Omni-Tudo, em que os diferentes meios de comunicação e consumo chegam até nós, ao contrário do período em que nós os buscávamos.

“O que impulsiona o comportamento do futuro? A gente fala muito em metaverso, Omni-Tudo, e na verdade o que é a gente diz aqui quando fala em Omni-Tudo? Que a gente não vai mais às compras, e sim as compras vêm pra gente. Estamos a todo momento nos encontrando com oportunidades de compras”, refletiu.

Hábitos de compra dos avatares e tomadas de decisão

Falando sobre os hábitos de compra dos avatares, o executivo da Visa do Brasil analisou como nos comportamos em cada ambiente do metaverso e como as marcas vão se posicionar também.

Segundo ele, é preciso criar experiência digital e física com suas marcas sem esquecer da experiência do cliente. “Nós tomamos 35 mil decisões por dia, e como facilitar a vida nessa tomada de decisão, através da tecnologia?”, perguntou.

Citando o processo de desmaterialização do dinheiro, Abreu destacou a importância do crescimento de tecnologias como as criptomoedas, que, mesmo em um período de turbulência, seguem como uma realidade.

“O Brasil é o sétimo país em utilização de cripto no mundo. Podemos falar que cripto está passando por um inverno, um momento difícil, sim, mas é uma tendência que veio pra ficar. Ela entra como stable coin, como compra de NFTs, etc”, observou.

Identidade digital como realidade para o futuro dos pagamentos

Ainda segundo ele, é possível seguir tendências que já são vistas em alguns países como forma de otimizar os pagamentos.

“Falando de identidade digital, o que vemos como tendência? O futuro digital é uma tendência. A gente tem a cidade de Zug, na Suíça, que é a primeira do mundo a oferecer a todos os cidadãos a possibilidade de ter uma identidade digital, você vira uma carteira. Então eu posso entrar num restaurante, ou em uma loja, e a partir da minha identidade digital eu faço uma compra”, exemplifica.

Abreu utilizou também o já conhecido exemplo do Uber, onde hoje pedimos, usamos o serviço e saímos sem tocar em dinheiro, tudo pelo app.

Já na parte final de sua palestra, o executivo elencou aspectos como a virtualização do dinheiro, os pagamentos vinculados à identidade digital, o uso dados como catalisadores de crescimento, a otimização segmento 1-1, o uso do IoT para EOT e a evolução do comportamento e consumo phygital como pontos de interesse para o futuro próximo do setor financeiro frente aos novos pagamentos.

Soluções da Visa para segurança e integração ao PIX

Ao abrir para perguntas da plateia, Abreu respondeu questões sobre o Open Banking, que, em sua visão, irá permitir a democratização do crédito. 

O especialista aproveitou para destacar a importância que o PIX trouxe para o setor financeiro, reiterando que a Visa tem criado soluções que permitem tornar os processos antifraude mais eficientes, identificando padrões de transação que auxiliam os bancos e instituições.

“Muita gente conhece a Visa como uma bandeira, mas ela é muito mais do que isso. Temos muitas ferramentas de segurança, tendo inclusive uma empresa chamada CyberSource que provê esse tipo de solução. E toda transação, quando falamos por exemplo de contacless, ela é tokenizada, passando pelo sistema de psicografar o número e o cartão para que a margem de fraude seja muito pequena”, concluiu.

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