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Inovação na digitalização dos negócios é assunto no Futurecom Digital Summit

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Segundo bloco do quarto dia de evento teve palestra sobre a inovação no cotidiano das organizações e papel da pandemia na digitalização dos negócios.

O bloco de encerramento do quarto dia do Futurecom Digital Summit, que marcou o fim da primeira semana do evento, reservou temas especiais para os espectadores. Iniciando a segunda seção, Guilherme Soarez, Co-CEO da SingularityU Brazil e VP da Ânima Educação apresentou a palestra entitulada “Inovação incorporada ao Cotidiano da Organização”. A quinta-feira, dia 25 de junho, foi dedicada à trilha de conhecimento do FutureTECH.

Para o especialista, temos agora a chance de demonstrar novas habilidades que, em outros cenários, permaneceriam adormecidas.

“Nesse mundo nós queremos ser os antifrágeis, que crescem e se desenvolvem nesse cenário. As organizações antifrágeis promovem uma cultura de experimentação e aprendizado”, disse o palestrante, que continuou: “E qual é o papel de um CEO, de um presidente e de um líder ou uma líder para incutir isso? Você tem que errar para aprender, como diz o conceito de MVP.”

Soarez aproveitou para usar o seu conhecimento em educação para apontar o que acredita que deve guiar nossos processos de aprendizado de agora em diante.

“Eu costumo falar que são dois caminhos: o top down, da liderança para baixo, e o de baixo para cima, que eu chamo de revolução organizacional. A partir do momento em que você encontra um ambiente em que é OK errar e aprender, é quando você está no caminho certo”, analisou.

“Buscamos alta accountability, responsabilização pelas ações e resultados, mas também segurança psicológica de que é certo testar e eventualmente errar”, completou ele.

Leia mais: Futurecom Digital Summit: O uso da criatividade para se reinventar na crise

Na sequência, o palestrante interagiu com perguntas do público, destacando também o papel dos professores em uma de suas respostas: “O professor não é um oráculo que tudo sabe, mas sim um maestro da jornada de aprendizagem”, concluiu.

Após a inspiradora fala de Soarez, a modedora Jamile Sabatini, Diretora de Inovação e Fomento da ABES - Associação Brasileira das Empresas de Software, conduziu o painel “Inovação, Adaptação ou Transformação Digital? Qual o Papel da Pandemia na Digitalização dos Negócios?”.

Primeiro a falar na conversa, Daniel Knopfholz, CIO do Grupo Boticário, destacou a estrada percorrida por sua empresa e relembrou desafios do passado que podem se repetir com outros obstáculos no atual cenário.

“O Grupo Boticário tem 43 anos e, nesse período, saindo da inovação digital, o grupo sempre prezou pela inovação. Nossa história por receber e resolver problemas, algo que todas as empresas que sobrevivem e crescem fazem. Em nossa visão na prática, a inovação é fruto de achar uma forma de resolver um problema de uma forma melhor que os outros concorrentes do mercado”, explicou.

E prosseguiu: “Na nossa visão, a inovação não vem de um professor Pardal que acorda todo dia com um conceito, uma lógica e uma ideia incrível, e sim para algo que foi gerado, olhando para nossa caixa de ferramentas e pensando se, ao combinar diferentes opções, conseguiremos resolver o problema dos nossos clientes.”

Segundo ele, “a Transformação Digital não é um passo de mágica. Ela é fruto de muito trabalho e de ter feito resolução contínua de problema, achando soluções diferentes dentro do mercado.”

Para destacar a importância que os meios digitais tem para o Grupo Boticário, Rafael citou o fato de que, atualmente, 35% das receitas do grupo já provém desse segmento.

Mudanças na educação

Na sequência, Gabriela Diuana, Diretora de Transformação Digital da Cogna Educação, também falou sobre a importância que essas mudanças estão acarretando na forma de se ensinar e aprender.

“A gente sentiu que a educação também precisava passar por uma transformação grande, e uma transformação que poderia doer em alguns lugares mas se fazia necessária pelos alunos que temos hoje. Começamos uma jornada de Transformação Digital e percebemos que precisávamos ser ágeis no lançamento dos produtos”, explica.

Para ela, as mudanças aceleradas pelos últimos tempos provocaram alterações estruturais que seguirão reverberando nas empresas pelos próximos anos: “Hoje não temos mais uma estrutura de tecnologia e outra de negócios; elas trabalham juntas, sempre para colocar o aluno no processo de desenvolvimento. Os alunos que demandam, e então desenvolvemos e priorizamos de acordo.”

Também convidado do painel, Alexandre Santos, CTIO da Light, aproveitou para falar desse impacto no setor elétrico, com suas nuances especiais que por vezes o tornam mais resistentes à mudanças.

Digitalização no setor elétrico

“O setor elétrico tipicamente é um espaço em que os ciclos tecnológicos costumam ser muito longos, ao contrário de outros, que tem ciclos mais curtos. Então podemos dizer que não é um setor tão ágil no sentido da inovação intensa, mas como uma empresa que atua dentro de um setor que é fortemente regulado, abaixo de um escrutínio muito forte, isso também traz uma série de condicionantes para que você possa tocar o aspecto de inovação como um todo”, observou ele.

“Mas é um setor que vem sim experimenta a inovação há alguns anos, quando há cerca de 9 anos atrás começou o que se chamou de smart grid, que é ter relógios digitais e telemetria, e a Light tem uma fixa de um milhão de relógios que são lidos desta forma, pra uma área de cobertura de 10 milhões de pessoas em média”, completou ele, que citou ainda iniciativas como a agência digital e relacionamentos com clientes via WhatsApp, entre outras ações.

Impacto no meio alimentício

Rafael Tobara, CIO da Sapore, foi outro participante do painel, e aproveitou para expôr suas visões e apresentar um pouco de como o setor alimentício reagiu aos obstáculos atuais:

“Quando a gente fala das enterprises, que é onde eu estou, como as grandes corporações, muitas dessas empresas tinham um crescimento baseado em ativos. Antigamente, quando desejavam dobrar o faturamento, era preciso dobrar as lojas ou restaurantes. Isso não é mais viável. A Transformação Digital vem para que criemos novos modelos de negócio, utilizando novos produtos, novos serviços, e a tecnologia vem para viabilizar tudo isso”, analisou ele.

Rafael aproveitou para citar o exemplo de uma parceria realizada entre sua empresa e outra gigante digital para pontuar formas de inovação que cenários inesperados apresentam:

“Fizemos uma parceria com a Uber e estamos entrando as refeições por meio desse programa. Temos 1300 restaurantes que ficaram ociosos, então procuramos formas de produzir e servir de outra forma. Hoje, servimos 1 milhão e 300 mil pessoas por dia, mas precisamos conhecer essas pessoas, do que elas gostam, acompanhar sua jornada para prestar um serviço em outros horários. Essa é uma mudança de modelo de negócios onde as empresas do nosso porte estão deixando de ser apenas B2B para se tornarem B2C”, completou.

Relações tecnológicas

Fazendo coro à necessidade de invoar, Gabriela aproveitou para apontar a relação que o Cogna mantém com seus alunos e ex-alunos por meio da tecnologia.

Ela explica: “Temos um canal voltado para alunos e ex-alunos que é o canal Conecta, e é o nosso LinkedIn. Temos contatos com mais de mil empresas, e o aluno coloca seu currículo e a plataforma conecta com empresas compatíveis. Faz toda a diferença para a vida financeira dos alunos estar empregados para continuar seus estudos, então fazemos esse acompanhamento.”

Após abrirem para perguntas dos espectadores, os painelistas seguiram falando sobre os novos rumos. Alexandre citou o impacto que a digitalização do setor elétrico poderá causar para os consumidores finais.

 “A Transformação Digital poderá resultar em tarifas menores, já que o custo pago envolve todo o escopo de serviço. E outra questão é a que citei, do smart grid, para que possamos ter uma rede elétrica inteligente. Assim, será possível conhecer com precisão o comportamento do consumo de energia dos consumidores”, explicou.

Inovações pelos negócios

Daniel aproveitou para responder a uma espectadora sobre como a tecnologia pode contribuir para uma empresa que, em última instância, depende de fatores físicos, como o olfato para a perfumaria.

“Hoje temos para as revendoras um sistema totalmente online, em que ela pode ganhar tempo com

“Existem coisas que ainda não foram resolvidas, como experimentar uma fragrância na hora, mas outras já existem. Uma profissional do grupo, por exemplo, criou a opção de que os consumidores possam experimentar e, se não gostarem, devolverem. Isso gera uma liberdade para que a pessoa possa pedir e, se não gostar, fazer a devolução”, pontuou.

E prosseguiu: “Algo que temos feito com viés de tecnologia é o atendimento virtual em lives, conseguir falar com as pessoas, descrever. Uma fragrância é impossível de sentir, mas a maquiagem digital já é possível, é um app que a gente emula dentro do site e você pode testar nossos produtos com uma razão fidedigna muito próxima da real.”

Veja as palestras do Futurecom Digital Summit em: https://videos.netshow.me/informaInscreva-se no evento para acompanhar as palestras dos outros dias desta imperdível realização.

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