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A inclusão é aliada para amenizar a falta de profissionais de TIC

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Executivos de grandes empresas compartilham suas visões sobre como agir para a construção de jornadas transformacionais de carreira para as minorias . Confira!

É crescente, dentro das empresas dos mais variados setores da economia, a preocupação e ações voltadas à promoção da diversidade — seja para atender legislações e, também, por iniciativas próprias. Para o setor de TIC, especificamente, essa é uma pauta que atende duas necessidades de uma vez: a geração de oportunidades para quem depende de políticas de inclusão para ingressar no mercado de trabalho e, também, um meio de amenizar o déficit de profissionais na área.

Mão de obra qualificada em Tecnologia da Informação e Comunicação

“Há um abismo na quantidade de profissionais de TIC no mercado. Também temos uma grande oportunidade de buscar a diversidade neste setor”, observa o coordenador do Senac, Gustavo Calixto. “Por exemplo, o Brasil é o país com a menor quantidade de mulheres na posição de liderança em TI. Além disso, falando do setor como um todo, as mulheres ocupam apenas 37% das vagas. Outro problema, segundo pesquisas, é que os negros ainda têm salários inferiores e, dentro desse contexto, ainda se contrata PCDs somente para cumprir a cota exigida pela legislação. É algo que devemos nos preocupar. Não é mais assim que devemos pensar o mundo. Temos que pensar pelo lado da equidade e geração de oportunidades”, defendeu o especialista, durante painel que mediou no Futurecom 2022.

A boa notícia é que muitas empresas estão melhor se preparando e se estruturando para lidar com a pauta de inclusão. Na Embratel, por exemplo, um dos passos foi o estabelecimento de uma parceria com uma Edtech para o oferecimento de treinamentos mais robustos, todos na área de tecnologia e também focados em soft skills. “A gente vem fazendo turmas de PCDs para treinamento e capacitação para os colocar no mercado de trabalho. É muito gratificante inserir novas pessoas em nosso setor. Isso, além de resolver nossa deficiência de profissionais, também está fazendo a diferença para muitas pessoas. É muito gratificante”, declarou a Diretora de Operações de Soluções Digitais da Embratel, Andrea Mannarino.   

“Temos buscado parcerias. Acreditamos que o ecossistema pode ser cultivado por meio de parcerias que nos ajudem a capacitar e formar pessoas”, corroborou o gerente executivo da Raízen, Jaime Marlon Silva. “A gente tem buscado a equidade, mas admitimos que ela não é tão simples. Falamos muito sobre os negros e mulheres, mas há outras minorias, como 50+ e o próprio jovem mais humilde. A promoção da diversidade é algo muito amplo. Por isso, buscar parcerias corretas é um caminho para promover a equidade nas empresas.”

Visão de longo prazo é fundamental para a diversidade no setor

Para atrair, basta abrir um processo seletivo com foco no público almejado e contratar. Mas, e para reter os profissionais que integram as chamadas minorias e que acabam se deparando com “engrenagens” bem complexas, inerentes ao universo corporativo? É nessa dinâmica que o imediatismo deve ser deixado de lado para que as pessoas contempladas possam ter o tempo necessário de serem preparadas.  

A gente fala muito da inclusão e ela vem na contramão da prontidão. E aí a equidade não entra em jogo, porque como uma empresa vai conseguir fazer um processo de alavancar pessoas que precisam de conhecimento e que precisam trazer experiência para performar em dois meses?”, questionou o gerente sênior da Zenvia, Alexandre Perrenoud. Por isso, é preciso ter visão de longo prazo. Falamos muito de processo de incubação e estamos criando uma jornada de colaborador igual a jornada do consumidor, que contém diversas etapas. Estamos focando nisso, em não exigir nada em curto prazo.”

Quem também fez coro a este princípio foi o Diretor de Negócios TIC da Algar Telecom, Guilherme Fernandes Rela. “Toda a empresa tem o desafio do imediato, mas se não pensarmos, pelo menos, no médio prazo, não vamos conseguir mudar essa realidade”, complementou o executivo. “É preciso ter um trabalho de base para formar pessoas e dar o tempo necessário para que se desenvolvam. Um exemplo da nossa parte é um programa que chamamos de Garotas Digitais, que visa preparar mulheres de 17 até 24 anos, que vêm de uma situação de vulnerabilidade, mas que desejam atuar no mercado de tecnologia. Então, a gente fomenta diversos cursos, certificações e uma série de conteúdos em prol do desenvolvimento dessas mulheres.”  

O poder do acolhimento para profissionais de TIC

Se visão de longo prazo é necessária, dar o tão importante suporte, inclusive emocional, no dia a dia, também é uma forma de favorecer o estabelecimento de quem precisa de um pouco mais de tempo para ser preparado. “Concordamos que as empresas têm que promover a formação. Mas outro ponto é que precisamos ter um ambiente acolhedor para essas pessoas”, defendeu a analista sênior da Globo, Marianna Portela. “A falta de diversidade nas empresas, de forma geral, não existe à toa. Por isso, não é só trazer os profissionais, mas precisamos os acolher. Quando a gente traz diversidade para a empresa, a gente traz diversidade de solução. Não é só uma questão social.”

A mesma visão foi compartilhada pela CEO da Unirede Inteligência em TI, Tatiana Rosa, que também defendeu a promoção de um ambiente mais amistoso para contribuir com a adaptação dos novos colaboradores. “Como atuamos muito com open source, falamos bastante do coletivo e do colaborativo e isso é algo que me chama atenção, porque quando falamos da diversidade, falamos do acolhimento e do cuidado com o coletivo. A empresa precisar tem um olhar cuidadoso e um ambiente seguro”, defendeu a executiva. “Também procuramos trabalhar a jornada do colaborador. Um dos nossos movimentos, chamado de Zabbix Girls, visa atrair mulheres para a área de TI e também acolher pessoas iniciantes que ainda não sentem seguras, até mesmo para fazer perguntas.”

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