O primeiro dia da Ericsson no Futurecom 2022 foi marcado por duas discussões muito importantes. Logo cedo, Vinicius Dalben, Vice-presidente de Negócios no Brasil, falou sobre os desafios de inclusão digital e o papel do 5G nesse cenário. “Vivemos um momento importante, de grandes oportunidades, em que todos os setores da sociedade estão se digitalizando e é preciso usar a tecnologia como meio e não como fim. Ela deve tocar todos os setores e o 5G vem habilitar a criação dessa plataforma. Não é meramente uma conexão mais rápida, mas a orquestração de um ecossistema digital, que torna possível o inimaginável”, afirmou ele.
Dalben falou sobre como a tecnologia 5G vai ajudar a reduzir a exclusão digital, aumentando o crescimento e as oportunidades nas áreas rurais; permitindo que as pequenas e médias empresas sejam inovadoras em escala e impulsionem a prestação de serviços públicos aprimorados com boa relação custo-benefício; e diminuindo a divisão digital urbana/rural, ao fornecer conexão a qualquer hora e em qualquer lugar por meio do Acesso Fixo Sem Fio (FWA).
Estima-se que 244 milhões de pessoas na América Latina – ou seja, um terço da população – não têm acesso à internet e o FWA se confirma como uma solução potencial para ajudar a resolver o problema.
Ao participar do painel especial sobre FWA (Fixed Wireless Access), no início da tarde, Marcos Scheffer, Vice-presidente de Redes para o Cone Sul da América Latina, falou sobre as oportunidades de negócios que se abrem a partir da implementação desta tecnologia, já que o FWA permite levar conexões de banda larga fixa de altíssima qualidade, velocidade e capacidade sobre tecnologia móvel a regiões remotas ou de difícil acesso, onde a fibra não é uma solução viável.
“Embora o FWA não seja um conceito novo e já seja amplamente utilizado ao redor do mundo para levar banda larga residencial e a pequenos negócios sobre tecnologia 4G, ele ganha agora um novo impulso com a popularização do 5G, que vem para agregar maiores capacidades e recursos, tornando-o economicamente viável em uma quantidade maior de situações. Como já tem sido o caso no 4G, o FWA será um caminho imediato e natural para ajudar as prestadoras de serviço a monetizar mais rapidamente os investimentos feitos no 5G”, pontuou Scheffer.
E acrescentou: “Como o FWA ajuda a levar a conectividade de internet a regiões hoje sem acesso, ele contribui diretamente para a transformação digital de populações menos privilegiadas e dos negócios nessas áreas, tendo um impacto positivo no acesso à informação e crescimento econômico destas localidades. Em grandes cidades, o FWA também é uma opção bastante viável para levar a banda larga fixa a edifícios mais antigos onde a passagem de cabos ou fibra na parte interna das construções não é possível, sendo também uma excelente alternativa para substituir conexões antigas sobre cabos de cobre, que possuem um alto custo de manutenção em campo”.
Segundo a última edição do Ericsson Mobility Report, o número de conexões FWA no mundo ultrapassará 100 milhões em 2022, e deverá chegar a quase 230 milhões em cinco anos, sendo que 110 milhões já serão implementadas utilizando tecnologia 5G.
*por Luciana Leite, diretora de Marca e Comuncação da Ericsson para o Cone Sul da América Latina