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Como resolver o desafio da densificação para destravar o potencial do 5G?

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Representantes da IHS Towers e da I-Systems participaram de painel sobre o tema na Arena 4CORP. Saiba mais!

A Arena 4CORP by Google, setor especial no Futurecom 2022, realizou uma série de painéis com temas de grande relevância que reuniram alguns dos principais executivos de telecomunicações e tecnologia do país.

No primeiro dia do evento deste ano, realizado no dia 18 de outubro, a Arena 4CORP by Google recebeu, entre outros, o debate com tema "Como resolver o desafio da densificação para destravar o potencial do 5G?". Os participantes foram Cássio Futuro, COO da IHS Towers; Antônio Maya, CTO para Latam da IHS; e Daniel Cardoso, CEO da I-Systems.

Confira como foi abaixo!

Regulamentação para alavancar a implementação do 5G no Brasil

O 5G já é uma realidade em nosso país, mas ainda levará alguns anos até que a tecnologia esteja completamente implementada no país.  Falando sobre o processo, Cássio Futuro apontou aquele que acredita ser o caminho para tal avanço:

“Esse avanço passa pela inovação e soluções e também por uma legislação mais amigável em que o órgão público, a prefeitura e o governo de estado tenham a visão de que, se querem realmente alavancar o 5G, é necessário termos uma regularização mais flexível”, comentou o COO da IHS Towers.

O executivo prosseguiu em suas considerações, destacando que é preciso ter uma sinergia entre os diferentes setores para que o modelo de conectividade seja viável e todo o potencial da nova conectividade seja aproveitado.

“Vão ocorrer demandas de novas torres, de soluções de pequenas células, de placas de rua, skybenches, produtos que a gente tem apresentado, então eu acho que é nessa linha que tem que caminhar”, analisou.

“Uma coisa importantíssima é olhar o TCO disso, ver a complexidade de fazer grandes investimentos. Então, se não tiver um modelo financeiro da infraestrutura urbana que possa financiar isso, o modelo de negócios não será sustentável. É preciso ter um equilíbrio de modelo de negócio e de como isso será viabilizado. Será trabalho entre setor público, privado, operadoras e concessionárias”, disse.

Fibra óptica como ponto de convergência para o avanço do 5G

Em sequência foi a vez de Antônio Maya apresentar suas opiniões sobre o assunto. De acordo com ele, esse crescimento do 5G passa pelo uso da fibra óptica no país.

“O 5G vai trazer uma necessidade de mais velocidade e latência para a comunicação entre os serviços em geral, e nisso necessariamente a gente vai passar pela implementação em fibra óptica, a convergir a oferta de banda larga de qualidade para os usuários, e os diversos serviços que através da fibra precisarão se conectar”, refletiu o CTO da IHS.

Em uma visão semelhante à do colega, Daniel Cardoso destacou algumas ações que a I-System já tem apresentado e que podem aproveitar a infraestrutura já existente no país para auxiliar na questão da densificação do 5G.

“O modelo que temos na I-Systems nos permite ter uma rede capilar que é monetizada, e também permite que possamos pegar essa mesma infraestrutura e oferecer para conectar as antenas e o 5G com a capilaridade. E isso com a eficiência de custos que é necessária”, disse ele.

Complementando, Maya destacou as muitas vantagens que a rede neutra pode trazer nesse sentido.

“A gente pode até dizer que a rede de fibra neutra é uma rede multiuso, pois ela serve para conectar os usuários e sites, assim como os serviços que o município pode necessitar e querer implementar”, explicou.

Os desafios do Brasil para otimizar o potencial do 5G

Ainda falando sobre a rede neutra, Cardoso apontou que o Brasil possui alguns problemas conhecidos que podem ser solucionados ou atenuados com o modelo.

“A gente no Brasil tem os dois problemas: lugares que tem fibra de menos, e portanto nichos de mercado que ainda não estão conectados com a conectividade que demandam; e lugares que tem fibra demais, com cada operadora tendo sua própria fibra, postes emaranhados e as dificuldades de manter essas fibras. O modelo de rede neutra permite você resolver esses dois problemas”, apontou.

O CEO da I-Systems também acredita que é possível melhorar as redes que já existem no país, o que permitirá superar tais dificuldades. Ele explica:

“Mais do que construir novas, você tem que otimizar as redes que existem. E em lugares que ainda não tem essa rede, você precisa construir para que ela chegue aos nossos clientes, pois a I-Systems é uma operadora de atacado, a gente empodera as operadoras, e isso empodera a conectar também as antenas de 5G.”

Infraestrutura de conectividade em locais de maior dificuldade

A necessidade de investir em conectividade para regiões onde a tecnologia ainda caminha de forma lenta também foi um dos pontos abordados no painel. Para Maya, é preciso focar nessas áreas de atenção para melhorar o alcance do 5G.

“Acho que estamos todos tentando ver como nos aproximamos da próxima camada de cobertura. Vimos por exemplo a infraestrutura para comunidades, favelas, onde estamos tentando chegar”, analisou ele.

O especialista prosseguiu: “O mesmo com sites rurais, onde ainda existe a necessidade de colocação de infraestrutura em diversos ambientes dentro do nosso espaço urbano, e hoje a gente leva essas soluções de conectividade, que podem ser por fibra como por satélite, para viabilizar essa implantação.”

Cássio Futuro endossou a visão do colega, reiterando ainda que é preciso que as diferentes empresas e órgãos trabalhem unidos em prol deste objetivo.

“Todo esse potencial de smart city só vai ser destravado com trabalho em conjunto, regularização mais flexível, modelos de negócios. Acho que esse é o caminho, trabalharmos juntos”, comentou.

Encontrando novas soluções para novos problemas

Cardoso destacou que, com o avanço da tecnologia, novos problemas surgem, e para resolvê-los é preciso também pensar em soluções novas.

“A gente vem falando de problemas novos, então temos que ter soluções novas, não ficar replicando aquelas do passado. Temos um grupo que tem o DNA da inovação, tem o empreendedorismo e a capacidade financeira de fazer isso, e tem acima de tudo o conhecimento do mercado, não só do brasileiro, que é mais tradicional, mas também mercados ainda mais extremos, como o da África e outras regiões onde a IHS opera”, comentou o executivo.

Maya endossou este ponto, destacando a diferença de um mercado como o brasileiro para outros mais desenvolvidos, e citando exemplos de outras áreas mais semelhantes à nossa em termos de cobertura e obstáculos. Em suas palavras:

“É muito diferente você ter uma empresa de comunicações que opera digamos nos Estados Unidos, Europa, e de operar em um país como o Brasil em que sabemos que tem uma necessidade de conexão enorme, ou países como Bolívia, Peru, Colômbia, assim como países da África, que têm necessidades semelhantes.”

O avanço da fibra óptica e a importância do compartilhamento de redes

Na parte final da conversa, os convidados apontaram visões positivas sobre o cenário, destacando que, mesmo frente aos desafios, a tendência é que o 5G siga avançando e que, ainda em 2022, já esteja em um cenário ainda melhor.

“Vamos terminar o ano com 7 mil torres no Brasil, diria que 60% já está fibrado, mas com algumas dificuldades. Então trocar essa fibra por outra de rede giga, por exemplo, é algo que traz essa sinergia para nossos clientes”, disse Cássio.

“O mercado de rede móvel já é bem maduro, você vê nos EUA onde grandes redes já estão compartilhadas, por exemplo. Acho que esse é um caminho, é um mercado que precisa ser desenvolvido com uma mudança de mindset e eficiência de desenvolvimento”, finalizou o COO da IHS Towers.

Quer conferir outros conteúdos que rolaram na Arena 4CORP by Google do Futurecom 2022? Acesse o Futurecom Xperience e saiba tudo sobre o evento!

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