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5G: O que esperar em termos de inovação e novos modelos de negócios?

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Especialistas acreditam que os avanços da tecnologia de quinta geração serão sentidos mais rapidamente do que ocorreu com a entrada do 4G

Durante o Painel Premium “Novas oportunidades, aplicações e modelos de negócios com o 5G”, no terceiro dia do Futurecom Digital Week, atores importantes do setor opinaram sobre as inovações e soluções que essa nova tecnologia trará ao País. Fizeram parte do evento Paulo César Teixeira, CEO da Claro; Sun Baocheng, CEO da Huawei; Niall Norton, General Manager CEO AMDOCS (5g & Networks) Openet; Gustavo Brigatto, Co-Funder e CEO da Startups.com.br e Hugo Ramos, Chief Regional Technologist da Commscope para América Latina e Caribe. Redução de custos, maior percepção de qualidade no armazenamento e uso de dados e redução de custos com logística. Esses são alguns exemplos de impactos mais práticos que devem ser sentidos com a implantação do 5G, de acordo com Sun Baocheng. Segundo o executivo, o período de lockdown acabou sendo também uma fase de testes para várias aplicações e robôs, o que ajudou no desenvolvimento de parâmetros e critérios importantes para contribuir para a melhora da eficácia da tecnologia. “Todo o trabalho que vem sendo feito permite que o Brasil se desenvolva nesse aspecto. Poder acompanhar o leilão do 5G é um momento histórico”, disse.

Gustavo Brigatto destacou que após a implantação do 4G foi aberto o caminho para a participação de startups em negócios grandiosos que dependiam de mobilidade, como é o caso do Uber, Ifood e as várias fintechs que trouxeram praticidade e agilidade aos serviços bancários. Agora a expectativa é o que o 5G poderá trazer em termos de inovação e novas possibilidades de negócios. Na opinião de Niall Norton, as barreiras de entrada de novos negócios ficarão cada vez menores; um desenvolvimento cada vez mais veloz e genuíno será possível e o conjunto das tecnologias, incluindo o espectro de rádio que está em discussão e estudo, permitirá um grau de inovação mais profundo, porém acessível. Niall citou que uma das diferenças sentidas com o 5G é a possibilidade de integrar diversos recursos que, anteriormente, seria um processo muito caro e limitado numa rede pública. Com o 5G, uma vez instalada a rede compatível, os softwares permitirão  trabalhar em uma nuvem central e em outra nuvem de ponta de maneira programada, otimizando os aplicativos envolvidos em uma determinada operação. “A Inteligência Artificial envolvida no processo e a maior capacidade de processamento farão com que tudo seja feito de forma mais acessível”, descreveu.    

Nessa transição, explicou Paulo César Teixeira, da Claro, os avanços do 5G deverão ser sentidos mais rapidamente do que ocorreu com a entrada do 4G graças à “despriorização” das tecnologias. Segundo ele, à medida que as redes forem sendo implantadas, deve haver um incentivo para a rápida introdução de devices compatíveis com o 5G e estímulo para priorizar o uso dessa nova em rede em detrimento do 4G, o que possibilitará uma aceleração no uso da tecnologia pelas pessoas. “Normalmente existe uma demora porque as novas tecnologias começam com um preço alto, mas uma parte da produção já está alocada com foco na quinta geração e a transferência de hardware tem tudo para ser mais rápida que no ciclo anterior”, acredita ele. Para Hugo Ramos, essa incorporação mais rápida também será possível com a busca das empresas por múltiplas redes em um uso nacional para agregar maior eficiência.

Para os palestrantes, assim como há mais de 10 anos era difícil imaginar as soluções que as pessoas usam hoje, é difícil prever o que poderá ser desenvolvido nesse novo momento tecnológico, mas eles apontam que o cuidado com a redução de emissões de carbono, um tema que permeia todas as indústrias que compõem a economia mundial, deverá ser uma preocupação constante para preservação de recursos no futuro, conforme destacou Sun Baocheng, CEO da Huawei. Outra tendência importante, pontuou Paulo César Teixeira, da Claro, é a cibersegurança, que seguirá sendo um dos pilares da tecnologia. De acordo com o executivo, grande parte das redes devem ser criptografadas de ponta a ponta e as que forem estruturadas em standalone (tipo de rede que não depende da rede anterior 4G para funcionar), serão ainda mais seguras.

Provedores de Internet

Com a expectativa da chegada do 5G no Brasil, o mercado de provedores está passando por uma grande movimentação, vislumbrando uma grande transformação na economia do País. Todas as soluções e aplicações que estão sendo desenvolvidas e, as que ainda serão criadas, necessitarão de uma estrutura muito bem alicerçada, por isso o prognóstico é positivo. No Webinar Master “Tendências do Mercado de Provedores de Internet”, alguns dos maiores especialistas do País traçaram um panorama do que vem por aí com a moderação de Caio Bonilha, da Futurion Análise Empresarial.

Fizeram parte do evento Roberto Nogueira, presidente da Brisanet; Carlos Baigorri, conselheiro da Anatel; João Moura, CEO da Valuetec; Rafael Marques, diretor de Marketing da Vital e Marcelo Andrade, vice-presidente da Prysmian. De acordo com Roberto Nogueira, da Brisanet, o grande desafio no Brasil é levar os serviços para todos os cantos do território e, para isso, todos os perfis de empresas do segmento terão seu espaço. “É um enorme ecossistema que, desde 2017, vem crescendo no aspecto da instalação da rede de fibra ótica. Esse ciclo deve se completar em 2027 no que eu chamo de ‘Década da Infraestrutura' da fibra ótica e que será comparável às melhores instalações do primeiro mundo”, explicou ele. Para Nogueira, haverá maior competição entre grandes e pequenas empresas e novos entrantes, que devem entrar no mercado para ir além das cerca de 320 localidades que respondem por 90% do mercado de telecomunicações no Brasil. “Com a chegada do 5G, o crescimento será massivo.”

Após o primeiro movimento de abertura das telecomunicações, com a privatização do setor há mais de 20 anos, o setor vive uma nova onda de consolidação do mercado, de acordo com João Moura, da Valuetec. Segundo o executivo, com larga experiência no setor, há dois grandes movimentos: um dos fundos de investimento que fazem aquisições de empresas e pequenos grupos que não foram vendidos, mas se reúnem para combinar processos e infraestrutura em busca de sinergia para atender a demanda. “A competição deve ser intensa. Esse mercado é dinâmico por definição até mesmo para estar preparado para atender todas as demandas e desafios que se apresentam a cada ciclo. Novos serviços precisam ser criados para gerar novas receitas”, destaca ele.  

De acordo com Carlos Baigorri, consultor da Anatel, as perspectivas para os próximos meses na agenda da Agência são, principalmente, acompanhar a chegada do 5G e o andamento do edital, entre outras. “A questão do 5G não se encerra com o leilão porque esta é apenas uma das fases: estão previstos 6 anos de cronogramas e metas ligados à quinta geração de tecnologia celular para que o 5G vire realidade, esse é o maior desafio. Além disso, a Agência está focada nos trabalhos necessários para a convivência de todas as inovações com o sistema de satélites; com a regulamentação do espectro; nova versão do Plano de Competição; preparativos para 2025, ano do fim das concessões e todas as discussões que esse marco vai suscitar e as operações de roaming”, elenca ele.

Marcelo Andrade, da Prysmian, explica que tanto a empresa quanto os demais players do segmento já estão acompanhando e se preparando para o 5G há algum tempo. “O 5G será um passo gigante para nós. Muitos falam que a demanda de fibra ótica para a rede 5G será 10 vezes mais, no mínimo, do que a que existe hoje. Nos preparamos para isso e estamos ansiosos para iniciar o trabalho e participar desse novo salto tecnológico”, acredita ele. “Não é só uma questão de comunicação de massas, como vai viabilizar novas tecnologias em áreas estratégicas da economia como Agroindústria, Indústria 4.0, Internet das Coisas e tantas outras que nem conhecemos ainda, mas que, efetivamente, causarão um boom de consumo de redes de fibra ótica”, prevê Andrade. 

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