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Tem vagas: o agronegócio busca profissionais

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Por Juliana Chini, Gerente de Marketing Sênior Latam na Arable. Confira!

Procura-se profissionais para trabalhar com o agronegócio. O setor, que é considerado como um dos principais motores da economia e se destaca pela crescente adoção tecnológica, precisa de um fator essencial para garantir o desenvolvimento: pessoas.

Empregos no Agronegócio

Apesar da era da Inteligência Artificial (IA), robôs, drones e automatização, o agro precisa de gente. De humanos! E já está empregando. Só no 2º trimestre de 2023, o setor gerou 28,3 milhões de trabalho, o que corresponde a 26,9% dos empregos gerados no Brasil. O maior destaque foram os agrosserviços, com um aumento de 7,5%, em relação ao mesmo período do ano anterior, seguido pelo crescimento de 5,8% no segmento de insumos, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).

A procura para trabalhar no setor também aumentou. De janeiro a junho de 2023, o número de candidaturas em oportunidades do setor na plataforma do Banco Nacional de Empregos (BNE) chegou a 14.750, ante 11.436 no mesmo período do ano passado, o que representa um crescimento de 29%. 

Apesar da demanda aquecida, faltam profissionais

E, entre 2021 e final de 2023, a previsão é que 178,8 mil novas oportunidades tenham sido geradas para apenas oito carreiras, segundo o estudo “Profissões Emergentes na Era Digital”, realizado em 2021 pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) em parceria com o Senai e com a UFRGS.  Porém, o estudo alertou que haveria apenas 32,5 mil profissionais disponíveis para preencher essas vagas, representando uma diferença de 82% do mercado de trabalho.

A publicação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), “Profissões Emergentes na Era Digital: Oportunidades e desafios na qualificação profissional para uma recuperação verde”, de 2021, estimou que 75 mil engenheiros agrônomos especializados em tecnologia digital serão necessários no país em 2030. Porém, se continuar com o ritmo atual, só haverão 22,5 mil até lá.

Há cerca de 20 anos, um dos principais requisitos para trabalhar com agronegócio era ter uma formação em agronomia ou correlatas. Com o desenvolvimento do setor, que cada vez mais engloba grandes corporações, seja antes ou depois da porteira, a demanda se diversificou. Hoje, cada vez mais o setor precisa de advogados, administradores, economistas, engenheiros, meteorologistas, publicitários, jornalistas, profissionais de pessoas, entre muitos outros.

Agro Tech precisa de profissionais

Com o agro cada vez mais tech, o setor também entrou na disputa por profissionais da área de tecnologia. Dos cargos mais difíceis de compreender, como “DevSecOps”, até técnicos de drones. De hardware a software, de maquinário ao backend. Na era da inteligência artificial, o agro precisa de inteligência humana. 

Porém, o setor vem enfrentando uma escassez de mão de obra por enfrentar alguns desafios:

  • Dificuldades estruturais - educação e digitalização no país: 

Segundo o Relatório Educacional da Cooperação e Desenvolvimento Econômico ou Económico (OCDE) de 2022, 77% dos brasileiros possuem formação até o ensino médio. Além disso, dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostraram que  76% dos brasileiros não têm habilidades digitais básicas, porcentagem bem maior que os 36% dos países da OCDE. No país, apenas 10% das escolas possuem internet com padrão adequado no país e 60% das escolas públicas possuem 2 ou 3 computadores para todos os alunos.

  • Distância dos centros urbanos:

Muitos dos jovens profissionais que se formam principlamente em áreas de gestão e tecnologia dão preferência pelas capitais e centros urbanos. Segundo a sócia da consultoria EXEC Camila Marion, em entrevista para o Valor, os profissionais têm pedido salários até 30% maiores quando a vaga exige mudança para o interior do país, em comparação com os valores oferecidos pelas empresas. 

  • Competição de salários e benefícios: 

O agro compete com todos os setores para a retenção de talentos. Com a alta demanda global por profissionais de tecnologia, empresas de grande porte têm oferecido pacotes de remuneração elevados e difíceis de competir com empresas com menos recursos. Além disso, é crescente a contratação de talentos brasileiros por empresas estrangeiras, que muitas vezes pagam em moedas mais caras como atrativo para retê-los. 

Como se profissionalizar no agro

Atualmente, há diversas formas de se profissionalizar no agro. Começando pela graduação, especializações, e cursos intensivos de menor duração. Há opções gratuitas em instituições de ensino públicas, cursos online de baixo investimento (principalmente de tecnologia) e/ou opções de parcelamento, e cursos que exigem um maior investimento em instituições mais renomadas. 

As oportunidades só tendem a crescer, Não tem como falarmos em desenvolvimento e adoção tecnológica se apenas menos de um quarto do país tem habilidades digitais básicas. Para um agro cada vez mais tech, é preciso investir em educação.

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