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Webinar 5G Brasil: Recomendação de Políticas Públicas

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Existe um potencial de benefícios de R$ 590 bilhões a ser capturado anualmente por todas as verticais da economia com o 5G - a demanda potencial de software total acumulada até 2031 é de R$ 101 bilhões. Saiba mais sobre o estudo 5G no Brasil!

Durante o Webinar 5G Brasil: Recomendação de Políticas Públicas, transmitido no dia 19 de abril, foram apresentadas as conclusões sobre um estudo feito pela Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade (SEPEC) em parceria com PNUD Brasil e Deloitte, com um mapeamento do ecossistema de soluções digitais e aplicações do 5G no País.

O objetivo do projeto era definir um conjunto de políticas públicas que alavancassem o ecossistema brasileiro de 5G focado em software, proporcionando o desenvolvimento de startups e possibilitando a inserção do Brasil no cenário de internacional de produção de software. Para tal, o estudo foi dividido em 5 partes:
- Benchmarking internacional
- Mapeamento do ecossistema de inovação
- Identificação da demanda por soluções digitais
- Diagnóstico de desafios e riscos para o estabelecimento do ecossistema
- Recomendação de políticas públicas

Continue a leitura e confira as informações levantadas pelo estudo em cada uma dessas etapas.

1.       Benchmarking Internacional

Nesta etapa, foram escolhidos 12 países pela sua maturidade em inovação e maturidade no ecossistema 5G, com o objetivo de identificar as melhores práticas e seus fatores de sucesso.

A análise dos resultados mostrou que não há apenas um caminho para se desenvolver o 5G, mas diversas formas que geralmente envolvem alavancar os elementos do ecossistema já existentes para atingir um resultado rápido e sólido.

•    Liderança pelos principais atores do mercado;
•    Ambiente propício ao empreendedorismo;
•    Forte presença da academia;
•    Participação influente do governo no ecossistema.

2.       Mapeamento do ecossistema de inovação

O ecossistema de software 5G brasileiro ainda é iniciante, sobretudo dos desenvolvedores dos componentes da rede 5G, ainda existem boras perspectivas no País devido ao potencial de amadurecimento do mercado de desenvolvimento de software de rede e aplicações.

•    Os atores influenciadores com maior grau de maturidade podem acelerar desenvolvimento e amadurecimento dos atores diretos do ecossistema;
•    O atraso na realização do leilão de espectro do 5G, que acorreu em novembro de 2021, postergou a implementação de sua infraestrutura em escala;
•    Após a realização do leilão, espera-se que o avanço da Infraestrutura seja baseado principalmente na utilização de soluções prontas e verticalizadas dos principais fornecedores incumbentes;
•    Em momento posterior, deve ocorrer o avanço de redes desagregadas, ou seja, separação de hardware e software como o Open-RAN, abrindo oportunidade para diversos outros atores, aumentando a competitividade do setor;
•    O crescimento de conectividade deve alcanças as demandas por aplicações baseadas em 5G nas verticais de economia e integração de softwares, aumentando a maturidades desses elos.

3.       Identificação da demanda por soluções digitais

Ao todo, existe um potencial de benefícios de R$ 590 bilhões a ser capturado anualmente por todas as verticais da economia - a demanda potencial de software total acumulada até 2031 é de R$ 101 bilhões, sendo R$ 10 bilhões provenientes de software de redes desagregadas abbertas, enquanto R$ 91 bilhões são de softwares de aplicações.

4.       Diagnóstico de desafios e riscos para o estabelecimento do ecossistema

Com o objetivo de identificar pontos de ação para políticas públicas, realizou-se um questionário com 71 dos principais atores do mercado e realização de pesquisas secundárias para o levantamento das principais forças, desafios e riscos do ecossistema brasileiro de software voltado ao 5G.

Principais desafios

•    Baixa disponibilidade de recursos financeiros públicos e privados para fomento do ecossistema nacional, provedor de software e inovação;
•    Escassez e baixo nível de mão-de-obra requeridos para suprir a demanda por soluções tecnológicas emergentes (5G, Edge Computing, IA, Quantum Computing, etc);
•    Insuficiência na implementação da rede pública 5G e baixa disponibilidade de ambientes destinados à desenvolvimento e testagem de soluções;
•    Baixa percepção de valor agregado do 5G, impactando na demanda por soluções;
•    Insuficiência de oferta devido à alta demanda, provocando o desabastecimento de suprimentos essenciais para o desenvolvimento de soluções 5G.

Principais forças

•    Existência de um grande mercado consumidor potencial de tecnologia de serviços e telecomunicações, possibilitando a diluição de custos de inovação frente a demanda nacional;
•    Realização de movimentos para acelerar a difusão da conectividade e infraestrutura, como a execução do leilão e as suas contrapartidas, além da Lei das Antenas;
•    Aderência das áreas de desenvolvimento das empresas nacionais com as verticais mais relevantes mapeadas na fase 3 do projeto;
•    Tendências de crescimento do setor de startups, auxiliando no desenvolvimento de oferta;
•    Entendimento governamental da importância e na promoção de tecnologia para o País, sendo o seu principal consumidor de tecnologia em território nacional.

5.       Recomendação de políticas públicas

Ao todo, foram levantadas 96 sugestões únicas de ações e propostas de políticas públicas, as quais foram classificadas em 8 temas e priorizadas de acordo com a sua avaliação de impacto.

1.    Coordenação e aproximação do ecossistema

•    Promoção de casos de uso e informações relevantes de fomento ao 5G;
•    Aproximação dos ecossistemas nacionais e internacionais.


2.    Desenvolvimento de infraestrutura

•    Promoção à aceleração da implementação de redes públicas, possibilitando oferta e cobertura suficientes para o avanço da tecnologia;
•    Facilitação e promoção da adoção de redes privadas para estimular a utilização do 5G pelas empresas das diferentes verticais da economia.


3.    Suporte financeiros e tributário

•    Reformulação tributária com foco em 5G e adjacentes;
•    Modernização de estrutura e gestão de editais;
•    Aprimoramento de instrumentos financeiros para financiamento de soluções 5G e adjacentes.


4.    Empreendedorismo

•    Aumento da resiliência e condições financeiras de startups;
•    Estímulo ao aumento de competitividade;
•    Estímulo ao aumento de quantidade e engajamento de empresas e startups nas soluções 5G.


5.    Desenvolvimento de Capital Humano

•    Reformulação do ensino básico;
•    Fortalecimento da formação superior em cursos de tecnologia;
•    Melhoria na formação do corpo docente de cursos de tecnologia;
•    Aumento da entrada de capital humano estrangeiro.


6.    Estímulo a pesquisa, inovação e desenvolvimento de soluções

•    Facilitação da pesquisa de desenvolvimento através de tecnologia e financiamento;
•    Estímulo à aproximação entre indústrias, institutos de pesquisa e universidades;
•    Modernização do arcabouço regulatório, facilitando a cooperação de pesquisa e desenvolvimento.


7.    Promoção do setor de tecnologia e telecomunicações brasileiro

•    Desenvolvimento de plano de comunicação sobre informações gerais do 5G e atores relevantes do mercado;
•    Promoção do 5G no âmbito educacional.


8.    Fortalecimento da cadeia de suprimentos

•    Fortalecimento do know-how interno via transferência de tecnologia;
•    Otimização de burocracia e da malha logística;
•    Aproximação com outros países para negociação de suprimentos.

Webinar

O webinar com patrocínio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e realizado pelo TELETIME, contou com a presença de diferentes atores do governo e está disponível no canal do Youtube do Ministério da Economia.


 

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