A utilização de sistemas para reconhecimento de assinaturas em smartphones, por si só, não pode ser considerada uma novidade na área de tecnologia. Afinal, há muitos anos já é possível utilizar essa funcionalidade para fazer pagamentos e assinar documentos através de aplicativos que usam essa funcionalidade.
Porém, com os avanços nas tecnologias de hardware e maior preocupação de bancos e instituições governamentais em manter a segurança dos seus usuários, nunca o reconhecimento de assinaturas por smartphone foi um assunto tão abordado em feiras e congressos de tecnologia como é atualmente.
Especialmente após a própria NSA (National Security Agency ou Agência de Segurança Nacional), nos Estados Unidos, anunciar que estaria desenvolvendo sistemas específicos de reconhecimento de assinaturas para confirmar a identidade de seus funcionários: o Mandrake.
Como disse John Mears, representante da empresa parceira da NSA no desenvolvimento do sistema de reconhecimento: “As pessoas podem falsificar a sua assinatura em duas dimensões, mas não podem forjar em três ou quatro”.
Benefícios do reconhecimento de assinaturas por smartphones
Além do fator segurança, o reconhecimento de assinaturas por smartphone também tem atraído atenção de empresas dos mais variados segmentos devido seus benefícios mercadológicos, como por exemplo:
- Prevenção de fraudes: Quanto mais assertiva a identificação de um usuário, mais fácil é reconhecer suas ações e consequentemente menores são as chances de alguém cometer alguma fraude e sair impune.
- Maior agilidade: Como todo o processo é digital e online, o reconhecimento de assinaturas por smartphone dispensa a burocracia presente nos sistemas tradicionais como senhas, assinaturas manuais e até mesmo leitura biométrica.
- Redução de custos: Mais segurança e produtividade se traduzem diretamente em menor custo operacional para empresas, independente do porte ou área de atuação.
Como funciona o reconhecimento de assinaturas por smartphone
O funcionamento de um sistema de reconhecimento de assinatura é bastante similar à leitura biométrica. Através de sensores distribuídos na superfície do aparelho, todas as informações referentes aos formatos e relevos são digitalizadas e então comparadas por um software específico.
Contudo, os sensores que compõem o reconhecimento de caligrafia detectam muito mais do que o formato da escrita - que pode ser facilmente falsificado por alguém especializado nisso -, como a velocidade e pressão utilizada durante o processo.
A razão é bem simples: por mais que alguém consiga “copiar” uma assinatura com precisão, dificilmente uma pessoa conseguirá reproduzir a pressão e velocidade utilizada por outra pessoa.
Como manter a segurança do reconhecimento de assinaturas?
Apesar de nenhum sistema de segurança ser livre de falhas, especialistas concordam que o reconhecimento de assinaturas por smartphone é um grande avanço no que diz respeito à segurança de informação.
Além de toda a tecnologia envolvida nos sensores responsáveis pelo reconhecimento do toque, o sistema é totalmente digitalizado e armazenado na nuvem, que consegue (através da criptografia) garantir que todas as informações sejam inacessíveis para pessoas sem a devida autorização.
Apesar disso tudo, vale lembrar que o maior risco à segurança dos dados - seja na hora de fazer uma compra online ou proteger a sua identidade - está no próprio comportamento humano e não na tecnologia em si.
Por isso, procure sempre utilizar aplicativos oficiais, mantenha seu smartphone perto de você e contrate empresas renomadas para armazenar suas informações.
Afinal, quanto se trata de informações pessoais ou empresariais, todo e qualquer descuido pode custar caro no futuro.