Muito em breve consumidores brasileiros experimentarão mudanças proporcionados por IoT (Internet das coisas). Com aproximadamente três anos de atraso em relação a outros países do mundo, o Brasil faz a sua estreia definitiva no universo da Internet das Coisas, com a regulamentação de uso da rede LPWAN (Low Power Wide Area Network).
A partir de agora, o setor de IoT deve ganhar fôlego e os brasileiros vão começar a se familiarizar com o termo “cidades inteligentes”.
Com a Internet chegando a todos os dispositivos, o monitoramento dos hábitos dos novos consumidores é constante, e o mapa de consumo fica mais fiel à realidade.
A inteligência artificial será capaz ainda de identificar e até de antecipar, com maior precisão, as necessidades dos consumidores, ao unir máquinas inteligentes e dados.
Entenda o que é e como funciona a rede LPWAN
A rede LPWAN é capaz de transmitir dados cobrindo grandes distâncias a um consumo muito pequeno. Essa rede utiliza as faixas de frequência ISM (industrial, científico e médico, na sigla em inglês), que, além de beneficiar esses setores, deverá transformar a vida dos novos consumidores.
As regras de uso foram definidas pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e são resultado de um estudo realizado em parceria com a Abinc (Associação Brasileira de Internet das Coisas).
O desenvolvimento de IoT no Brasil depende do funcionamento da engrenagem entre o que ficou conhecido como as cinco caixas essenciais para o funcionamento do setor.
“Quatro delas estavam bem resolvidas – hardware e sensores, Middle, Big Data e Inteligência Artificial. Faltava a última, as Telecomunicações, o que efetivamente faz as ‘coisas falarem’”, explica o diretor técnico da Abinc, Luís Viola.
As faixas LPWAN são livres, ou seja, não requerem pagamento para o seu uso, diferentemente do que acontece hoje com o serviço de telefonia móvel, mas tem normas.
Existem limites máximos de potência e de tempo de transmissão para não entupir a frequência, o que poderia impedir o uso por outros.
Depois de duas consultas públicas, a normatização foi publicada no dia 2 de janeiro de 2018. E quem quiser fazer a sua incursão no segmento de IoT já pode usar.