O avanço tecnológico dos últimos anos fomentou uma série de inovações em várias áreas. Na esteira de movimentos como Indústria 4.0 e Transformação Digital, bem como de possibilidades como as smart cities, surgem tendências no setor de energia. Afinal, a cada dia, um novo tipo de demanda aparece. O desafio, antes de aplicá-las em nosso dia a dia, é aprender como torná-las viáveis.
As inovações no campo da tecnologia de geração de energia são um assunto já bastante conhecido. Há algum tempo, novidades como energia solar e eólica mexiam com a sociedade. No entanto, além de eficientes, elas se mostraram complexas ao longo do tempo.
Portanto, quando se fala em tendências no setor de energia, as empresas e a sociedade esperam por opções viáveis. E é nesse ponto que a tecnologia de geração de energia entra, servindo de ponto para as tão desejadas transformações.
Neste artigo, saiba mais sobre as tendências no setor de energia e entenda como a tecnologia está por trás delas, possibilitando as suas implementações!
Novas tecnologias que possibilitam a implementação das tendências no setor de energia
A tecnologia de geração de energia serve justamente para fomentar o uso de fontes renováveis. Ou seja, além de eficiência, busca-se uma alternativa mais limpa e alinhada com as diretrizes globais de sustentabilidade.
Como explica Marcos Crivelaro, professor da Faculdade de Informática e Administração Paulista (FIAP) e autor do livro Edificações Inteligentes:
“Em 2018, 40% da energia elétrica da Alemanha se tornou proveniente de fontes renováveis, superando a gerada por carvão. Até 2030, a meta do país é ter 65%. Outro exemplo é a Espanha, cuja meta é ter 100% de sua energia renovável até 2050. Um dos objetivos do país é descarbonizar a economia”.
O relatório BP Statistical Review of World Energy — Junho de 2018 indica ainda que, entre 2016 e 2017, a adoção de energia renovável cresceu 17% em todo o mundo.
Tendências no setor de energia para conhecer
Ainda que possua infraestrutura complexa, Crivelaro destaca que a energia eólica é um dos tipos de energia renovável mais promissores.
Não por menos, trata-se da segunda maior matriz energética brasileira, tendo atingido 15 GW de capacidade instalada. Tamanho potencial faz dela a origem de 14% da eletricidade gerada no Brasil todo.
No entanto, além dela, o acadêmico destaca outras tendências no setor de energia que todos devem conhecer. São elas:
Organic Photovoltaic (OPV)
O mercado de energia solar ainda prospera, demonstrando enorme potencial. Segundo Crivelaro, a venda de painéis do tipo cresceu cerca de 562% nos últimos anos:
“Os Filmes Orgânicos Fotovoltaicos merecem atenção porque os seus materiais são dissolvidos em uma tinta que pode ser impressa, gerando filmes flexíveis, leves e semitransparentes. Eles captam a luz do sol e a convertem em energia elétrica limpa e sustentável. Trata-se da terceira geração de células solares”.
O OPV, dentre as tendências no setor de energia, destaca-se como uma das alternativas mais sustentáveis. O motivo está justamente na sua composição: materiais não-tóxicos, orgânicos e com baixa pegada de carbono, até 20 vezes menor que opções convencionais.
Energia heliotérmica
Conhecida como Concentrating Solar Power (CSP), é uma tecnologia de geração de energia que transforma a irradiação solar em energia térmica e, então, em eletricidade. Como exemplifica Crivelaro:
“Por meio de painéis, a usina CSP capta os raios solares. Esses painéis podem ser compostos por espelhos, heliostatos ou coletores de distintas configurações. Eles concentram as irradiações solares e seu calor em um ponto, onde há um receptor, e aquecem um fluído térmico presente nesse dispositivo”.
Com o fluído fervido, ele se transforma em gás e empurra turbinas, acionando o gerador de eletricidade. Trata-se de um modo bastante criativo e limpo, além de renovável, de gerar energia.
Energia maremotriz
A energia maremotriz utiliza do potencial de ondas e marés, em aliança com soluções tecnológicas, para gerar uma energia limpa e renovável.
Só levando em conta o litoral brasileiro, de acordo com Crivelaro, o potencial de produção é de 87 GW. Ou seja, quase 20% da capacidade total instalada. Explica o professor:
“Na medida que as ondas passam pelos flutuadores, eles se movimentam para cima e para baixo, acionando bombas hidráulicas. Essas fazem com que a água doce — que está em um circuito fechado, sem troca de líquido com o ambiente externo — se movimente em um meio em que há alta pressão”.
O sistema termina em uma espécie de jato, capaz de movimentar uma turbina, o que gera então a energia elétrica.
O que esperar dessas tendências no setor de energia nos próximos anos
Quanto mais avançada a tecnologia de geração de energia for, sem dúvidas maiores serão os benefícios para a sociedade.
Em uma época de transformação não apenas digital, mas social, encontrar tendências no setor de energia que fomentem um dia a dia mais “verde” é uma das missões das iniciativas pública e privada.
Conclui Crivelaro: “Cidades inteiras podem ser beneficiadas. Com o uso de sistemas de energia adaptativa, o consumo de energia em prédios, por exemplo, é ajustado de acordo com as necessidades reais. Nesse caso, medidas de eficiência energética são importantes, como regulação da luz por meio de sensores inteligentes, acionados por smartphones ou automaticamente”.
Trata-se de um passo além, que visa um futuro melhor para o mundo, onde a evolução social ande de mãos dadas com a prosperidade sustentável.
E você, o que pensa a respeito dessas tendências no setor de energia? Compartilhe suas impresssões com a gente e siga as páginas da Futurecom para saber mais sobre as inovações tecnológicas do meio.