A tecnologia SD-WAN é a sigla para a nomenclatura em inglês do termo, em tradução livre, “Rede de longa distância definida por software“.

De forma simplificada, podemos dizer que ela permite um gerenciamento de rede automático com base nas condições que a mesma apresenta, o que pode trazer benefícios para as empresas que as adotam como: maior agilidade, desempenho, suporte e segurança, entre outros.

Aliadas às redes corporativas híbridas, elas podem oferecer uma série de vantagens para o mundo dos negócios e para a sociedade em geral. O assunto foi tema de um dos painéis da Futurecom Digital Week 2021. Confira mais abaixo!

O papel da pandemia e do home office no avanço do SD-WAN

O painel contou com participação de Marco Canongia, Sócio-Diretor da Lumicom Tecnologia e Inovação; Cleber Viana, Americas Managing Director da ngena; Wagner Nascimento, Gerente de Telecom, Produtividade e Serviços de TI da Azul Linhas Aéreas; André Felipe Alves, Head de Redes e Telecom da Dasa; e Gustavo Busse, Gerente de Novos Negócios da Embratel.

“É importante entender que a arquitetura WAN convencional se limita aos tipos de topologia de rede corporativa, de uma sede com algumas filiais e o centro de dados onde ficavam os servidores de aplicação. Contudo, depois que uma empresa adota soluções em nuvem na forma de infraestrutura como serviço, a rede corporativa passa por uma explosão de acesso de tráfego às estruturas distribuídas”, frisou Canongia logo na abertura do evento.

Destacando as mudanças provocadas pela adoção massiva do home office em virtude da pandemia e a adoção cada vez mais frequente das operações em nuvem, os participantes destacaram a necessidade de utilizar a SD-WAN e as novas redes corporativas híbridas de forma inteligente para alcançar melhores resultados.

“O SD-WAN hoje trouxe a solução para muitos problemas de rede que nós sempre enfrentamos. Quem está no front sabe como é difícil manter diversos pontos de presença no Brasil com uma qualidade de serviço”, apontou Alves.

“Hoje ele já é uma realidade, e ele já consegue nos atender com nível de disponibilidade e performance. Nós fizemos um processo bem tranquilo e transparente para não precisar mudar tanto na ponta”, complementou o representante da Dasa.

Promovendo estratégias de serviços gerenciados

Falando sobre os resultados da parte dos usuários, o gerente convidado da Azul deu exemplos de como essa transformação foi realizada na empresa:

“Nós começamos um projeto na Azul em 2018 e hoje estamos 100% migrados para SD-WAN. Até o 4G virou um agregador de banda, e ele nos deu a flexibilidade e um gerenciamento muito mais centralizado. A questão de performance também é destacável, já que pro usuário ele melhora muito, pois antes ia tudo para um único concentrador e de lá era direcionado, quando hoje conseguimos fazer uma saída local, além de custos e outros aspectos”, apontou Nascimento.

Falando da perspectiva de uma integradora, Busse, da Embratel, apontou que este amadurecimento da rede e do uso do WD-WAN é real e deve seguir crescendo:

“O SD-WAN hoje já é bastante madura, como o Wagner e o André colocaram, porém está em constante evolução. As empresas hoje já estão confortáveis na adoção do SD-WAN, e compreendem as necessidades e benefícios de virtualizar suas redes, e os números vêm demonstrando ano após ano essa eficácia com o crescimento dos dígitos e as projeções, que são as melhores possíveis”, atestou.

O papel do SD-WAN com a chegada do 5G

Viana, por sua vez, destacou que a tecnologia deve seguir avançando e trazendo ainda mais novidades, o que permitirá com que as empresas que estão adotando esses modelos de redes conquistem resultados ainda melhores.

“Nós temos neste exato momento um modelo de maturidade boa, e sabemos disso ao ver casos de escala com 100% de implementação e resultados extremamente interessantes na operacionalização e serviços de telecom para essas estruturas”, observou o representante da ngena.

Ele complementou: “Hoje, em grandes estruturas com SD-WAN, eles reconhecem em média 5 mil aplicações que rodam dentro do seu ambiente. A maioria delas são human performance driven, ou seja, você observa o que o usuário fez, se deu resultado, identificando falhas, mas vamos entrar em um paradigma, junto com o 5G, de máquina falando com máquina, com nível de estímulo diferente, e segurança até no poste de luz, para que ninguém possa hackeá-lo. E claro que isso envolve coisas muito mais sérias, como caminhões que já se transportam sozinhos”.

Quer saber mais sobre como o SD-WAN seguirá se desenvolvendo e seus impactos no mundo corporativo? Confira o painel no site da Futurecom Digital Week 2021!