O apagão das redes móveis 2G e 3G representa uma oportunidade para que as operadoras móveis desenvolvam serviços 5G na América Latina. Tal qual detalha o novo relatórioMelhores práticas para o desligamento de redes legadas para a América Latina” publicado pela 5G Americas, que analisa as opções da indústria na região e traz exemplos de planos internacionais.
“Sustentar de forma simultânea serviços sobre redes 2G, 3G, 4G e desenvolver a 5G se torna ineficiente para as operadoras móveis da América Latina. Começar com o desligamento das redes 2G e 3G pode significar um benefício para as operadoras que estão desenvolvendo 5G, ainda que requer alguns desafios para as operadoras”, explicou José Otero, vice-presidente para América Latina e Caribe da 5G Americas.

O estudo analisa as redes legadas atuais da região e traz propostas e sugestões de quais passos seguir no momento do desligamento pelas operadoras. Se enfatiza a redução de custos na administração das redes a partir de um plano estratégico, a comunicação com os clientes e os diferentes planos para estimular os usuários a migrarem de tecnologia. Também é analisada a relação com o regulador, o planejamento do desligamento e as estratégias para evitar penalidades.

O estudo também traz cases de desligamentos de redes legadas da AT&T, nos Estados Unidos, e da Telus, no Canadá. Descreve estratégias realizadas pelas operadoras e os processos para o desligamento de redes em desuso.

Melhores práticas para o desligamento de redes legadas

  1. Planejamento e Comunicação: A comunicação transparente e o planejamento cuidadoso são essenciais para minimizar problemas durante o desligamento das redes. É importante informar reguladores, usuários finais e corporações sobre as mudanças e os benefícios das novas tecnologias.

  2. Impacto no Setor Corporativo: O setor corporativo e governamental deve considerar que muitas conexões M2M (Machine to Machine) ainda dependem das redes 2G e 3G. A continuidade dos serviços é crucial para a operação e produtividade de vários setores.

  3. Benefícios da Migração: O documento enfatiza a necessidade de apresentar os benefícios das redes de última geração, como maior velocidade e qualidade de serviço, além de como a migração para tecnologias mais eficientes pode impulsionar a digitalização.

  4. Revisão de Obrigações Regulatórias: As obrigações regulatórias existentes devem ser revisadas para garantir que os compromissos assumidos na implantação de serviços em redes legadas sejam respeitados, incluindo requisitos de cobertura e neutralidade tecnológica.

  5. Avaliação da Necessidade de Redes Legadas: A indústria deve avaliar a necessidade de manter as redes mais antigas, considerando a queda no uso por parte dos consumidores e a crescente demanda por serviços de maior velocidade.

  6. Experiências Internacionais: O documento menciona experiências de outros países, como AT&T e Telus, que podem servir de referência para o processo de desligamento e transição para novas tecnologias.

  7. Cláusula de Isenção de Responsabilidade: O documento inclui uma cláusula que isenta a 5G Americas de responsabilidade por erros ou omissões, destacando que as informações são apresentadas apenas para fins informativos.

O estudo completo “Melhores práticas para o desligamento de redes legadas para a América Latina” pode ser baixado aqui.