Gerente de Dinâmica Orbital da Embratel, Erika Rossetto tem uma trajetória impressionante em estudos que envolvem a exploração espacial, um dos assuntos que nunca deixam de estar entre os mais atrativos e instigantes da tecnologia.
A especialista é a segunda participante da nossa série “Mulheres na Tecnologia”, criada pelo Futurecom Digital para homenagear elas que são essenciais para a inovação tecnológica em todas suas áreas.
Neste papo, Erika nos conta mais sobre sua história, carreira, objetivos e desafios enfrentados ao longo de sua vida. Continue lendo e saiba mais sobre as realizações de Erika na Embratel e suas dicas para outras mulheres do segmento!
Quem é Erika Rossetto?
“Sou formada em Astronomia. Fiz graduação e mestrado na área, e me dediquei a estudar sobre lixo espacial, que é um assunto muito relevante no setor que trabalho.
Também possuo pós-graduação em Gestão de Projetos para poder aplicar tudo que aprendi no meu dia a dia na Embratel, onde atuo há mais de 12 anos na área de satélites e, atualmente, sou coordenadora de controle orbital de satélites.
Além disso, mantenho o hábito de produzir textos sobre astronomia para contribuir com a divulgação científica no País.
Sou casada e tenho dois filhos. Minha família é minha grande prioridade, mas procuro sempre manter o equilíbrio entre a dedicação a eles, meus projetos pessoais e profissionais. Nas horas vagas, gosto de ler, passear com as crianças e praticar corrida de rua.
Para o futuro, quero correr uma maratona e seguir com alguns projetos envolvendo divulgação científica. Profissionalmente, pretendo continuar contribuindo para uma maior conscientização do uso sustentável do espaço, como já fazemos na Embratel.
Como é um dia de uma Gerente de Dinâmica Orbital na Embratel?
“A Embratel possui cinco satélites em órbita (Star One D2, D1, C4, C3 e C2) e todos os dias verifico como estão suas atividades operacionais.
Interajo constantemente com a equipe para verificar os processos e as necessidades do time. Também mantenho contato constante com a SDA (Space Data Association), principal instituição que presta serviços de vigilância espacial para as operadoras de satélites.
Manter satélites em órbita não é um trabalho monótono, nenhum dia é como o outro, pois as atividades, necessidades e demandas variam frequentemente.”
Trajetória: O que te levou ao mundo da astronomia e satélites?
“Sempre gostei de observar o céu noturno, mas na época em que estava na escola não tinha ideia de que poderia ser astrônoma. Foi durante a participação de um curso para alunos do ensino médio, organizado pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que descobri essa possibilidade e decidi entrar nessa carreira.
Entrei na graduação com o objetivo de trabalhar com satélites, mas ainda no primeiro período fui desencorajada. Como gostava de várias áreas, fiz iniciação científica em diversos setores e participei de projetos de divulgação científica para crianças. Quando me formei e surgiu a oportunidade de trabalhar com satélites nem acreditei, parecia ironia do destino.
Assim que fui selecionada para trabalhar na Embratel, foquei minha pesquisa no tema ‘lixo espacial’ e me especializei nessa área. Hoje, tenho muito orgulho do que desenvolvemos na Embratel, de forma responsável e sustentável.”
Como você enfrentou e enfrenta os desafios da sua carreira?
“Eu gosto de desafios, mas procuro sempre encará-los de forma sensata, tentando saber o que já estou preparada para realizar e o que preciso desenvolver ou buscar ajuda.
Hoje, vejo que ninguém faz nada totalmente sozinho, então para vencer qualquer desafio é importante saber com quem podemos contar em cada situação. Ter uma equipe preparada e ativa é muito importante para enfrentarmos nossos desafios em conjunto.”
Quais qualidades te levaram ao sucesso?
“Acredito que estar disposta a encarar mudanças e arriscar me ajudaram em muitos sentidos. Dedicação e persistência também são marcas da minha personalidade. Eu sempre mantenho em mente que é possível melhorar e ir além.”
Liderança: quais dicas você daria para novas integrantes em carreiras de tecnologia?
“Penso que, além dos aspectos técnicos, é muito importante desenvolver as ‘soft skills’. Saber lidar com as pessoas, estar pronto para encarar imprevistos podem fazer tanta diferença quanto o conhecimento técnico.
Entender que as pessoas são diferentes, que cada uma tem algo que a motiva e faz se sentir reconhecida é essencial para liderar uma equipe. Pessoas motivadas entregam muito mais.”
Siga conosco! Leia também a primeira entrevista de nossa série, com Marcia Ogawa, líder de atendimento às empresas de tecnologia, mídia e telecomunicações da Deloitte.